John Morris, empresário conhecido como um dos organizadores do festival original de Woodstock, morreu aos 84 anos.
O falecimento foi confirmado pela família ao Los Angeles Times. Ele sofria de obstrução pulmonar crônica há um longo tempo, também tendo enfrentado um câncer.
Sua primeira experiência no show business veio fora da Broadway, onde atuou como diretor de iluminação em diversas produções. Mais tarde, se mudou para a Costa Oeste e se estabeleceu como um dos principais promotores de shows de rock em São Francisco.
Foi lá que conheceu Bill Graham. A dupla trabalhou com alguns dos maiores artistas da época, incluindo Jefferson Airplane, The Doors e Grateful Dead. Quando o colega expandiu negócios e abriu o Fillmore East em Nova York, foi em Morris que ele confiou para administrar o local.
Em 1969, foi convocado para ajudar a agendar apresentações para Woodstock. Anos mais tarde, lembrou à Pollstar:
“Começamos a agendar shows em abril. Joe Cocker e Santana receberam US$ 2.500. Hendrix foi um caso especial; pagamos a ele US$ 32.000 por duas apresentações, um set com a Band of Gypsies e outro acústico sozinho. Ficamos famosos por ter o Who por US$ 11.000 porque isso era tudo o que nos restava no orçamento. Enchemos Pete Townshend de vinho para fazê-lo concordar.”
Durante os três dias do evento, Morris atuou como chefe de produção. O festival sinalizou uma mudança cultural sísmica e continua sendo um dos concertos mais famosos da história.
Também foi encarregado de fazer anúncios no palco. Ele informou de forma memorável à multidão que o festival havia se transformado em um “concerto gratuito”, conforme capturado no documentário oficial de 1970.
John Morris trabalhou como produtor de shows até 1990. Sua carreira incluiu trabalhos em turnês de muitas dos maiores artistas do rock, incluindo Paul McCartney, David Bowie, Pink Floyd e Frank Zappa.
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