O filme “Bohemian Rhapsody”, sobre o Queen, passam a impressão de que o vocalista Freddie Mercury sofria com problemas relacionados à fama. A cinebiografia pode ter acertado nesse sentido.
Em entrevista de 2018 à Billboard, a escritora Lesley-Ann Jones, que escreveu um livro biográfico sobre o cantor (“Freddie Mercury: A biografia definitiva”), destacou que havia, sim, um conflito do astro com a sua própria popularidade.
De acordo com Jones, Mercury dizia que se sentia “aprisionado” pela fama. Por grande parte de sua vida com o Queen, ele afirmou que desejava “anonimato e normalidade”.
A memória mais forte que a biógrafa tem de Freddie Mercury é de uma noite em que ambos se sentaram, juntos, nos bancos às margens do Lago de Genebra em Montreux, Suíça, em 1986. Ela relembra:
“Naquela noite, Freddie falou sobre ser ‘aprisionado’ pela fama. Ele disse que queria ser enterrado naquele lugar, sem alarde, quando sua hora chegasse. Ele já sabia que seus dias estavam contados (devido à Aids). Ele disse: ‘apenas me jogue nesse lago quando eu for embora’.”
Freddie Mercury tímido
Lesley-Ann Jones destacou que Freddie Mercury era uma pessoa muito tímida. Por isso, era natural que ele desejasse uma vida mais discreta.
“Ele foi sincero comigo ao falar sobre as maneiras pelas quais a fama e a fortuna o comprometeram e até o arruinaram. Ele desejava anonimato e normalidade a maior parte do tempo.”
A superficialidade de “Bohemian Rhapsody”
Por fim, a escritora disse que o filme “Bohemian Rhapsody” é uma “montagem superficial de momentos instantâneos”. A parte do longa que ela mais gostou foi o período de infância de adolescência – que, segundo a biógrafa, poderia render um segundo filme.
“Freddie tinha 45 anos quando morreu. Nenhum filme de duas horas pode capturar toda a sua história ou essência. Sua vida e personalidade eram complicadas demais para isso.”
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