As bandas e os músicos que mais influenciaram Tony Iommi, o pai do heavy metal

Guitarrista e líder do Black Sabbath tinha muitos ídolos dos anos 60 e chegou a homenagear um deles ao vivo

Tony Iommi deixou sua marca no panteão dos maiores guitarristas de todos os tempos. Único músico a participar de todas as formações do Black Sabbath, registrou riffs que inspiraram as gerações posteriores, que o deram por direito o lugar de referência.

Mas o próprio também teve suas influências primordiais, destacando algumas em entrevista à Guitarist Magazine (via Far Out Magazine).

“Brian May e eu amamos Hank Marvin. Uma vez, passamos um tempão tocando músicas do The Shadows em estúdio. Ele foi minha principal influência. Depois veio Chuck Berry e um pouco de Buddy Holly. Também gostava de Eric Clapton quando tocava com John Mayall. Quando ele montou o Cream não me entusiasmou tanto, mas me acostumei com o tempo. Amo o estilo dele”.

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Durante a turnê do álbum “Headless Cross”, em 1989, Tony homenageava Hank Marvin tocando uma versão para “Apache”, música lançada pelo The Shadows em 1960.

Iommi ainda citou várias bandas de West Midlands, condado metropolitano no centro da Inglaterra de onde veio.

“Tinha o The Moody Blues, Fleetwood Mac, depois veio o Deep Purple, Led Zeppelin e nós. Conhecíamos Robert Plant e John Bonham, que foi padrinho do meu primeiro casamento. Costumávamos tocar nos mesmos locais, então, toda hora nos encontrávamos”.

Os melhores rifs de Tony Iommi

A construção de riffs é uma das grandes habilidades de Tony Iommi enquanto guitarrista. É, ainda, um dos aspectos mais próprios da sonoridade do Black Sabbath.

Mas quais seriam os melhores de sua “galeria”? Iommi revelou suas escolhas em 2020, durante entrevista ao canal da Gibson no YouTube.

Inicialmente, o músico disse que não saberia dizer quais os seus riffs prediletos. Porém, tentou apresentar algumas opções como suas preferidas.

“O da faixa ‘Black Sabbath’ foi o primeiro que fizemos e era diferente. Gostei de ‘Iron Man’.”

Em seguida, Tony Iommi citou as mudanças na sonoridade do Black Sabbath.

“Entramos em outra fase com o álbum ‘Sabbath Bloody Sabbath’ (1973), que soa diferente de novo. Então, tivemos Ronnie (James Dio) e outra rota diferente com ‘Heaven and Hell’ (1980) e a maneira como estávamos compondo, pois Ronnie, ao invés de cantar em cima dos riffs, cantava em cima dos acordes. Tentamos juntar as duas coisas.”

O músico ainda comentou que o instrumental do Black Sabbath acabou fazendo com que Dio também cantasse em cima dos riffs.

“Logo quando ele entrou, fizemos a música ‘Die Young’. Dio teve receio, mas eu falei que fazíamos aquilo por anos. É o que fazemos: mudamos o tempo de forma drástica e, depois, voltamos a outra coisa.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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