Rival Sons completa saga de dois álbuns de forma acalentadora em “Lightbringer”

Com apenas 6 faixas, trabalho funciona como eficiente fechamento para “Darkfighter”, lançado quatro meses antes

Em junho deste ano o Rival Sons voltou à carga com “Darkfighter”, um álbum que não reinventava sua sonoridade, mas acrescentava camadas e novas influências interessantes. A banda ainda anunciou que o trabalho ganharia complemento em “Lightbringer”. Quatro meses mais tarde, cá estamos.

De cara, temos que nos confrontar com a ideia de que as capas e título pudessem oferecer uma ideia das diferenças de propostas entre os dois trabalhos. Sim e não.

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Realmente, a proposta aqui é mais “iluminada”, com aspectos mais leves e reflexivos. Ainda assim, não foge tanto da proposta do antecessor, o que é compreensível dado o fato de terem sido registrados nas mesmas sessões.

Curiosamente, a abertura do tracklist se dá com o que seria a faixa-título do disco anterior. “Darkfighter” é a música mais longa da carreira do grupo até o momento, resvalando nos 9 minutos de duração. O arranjo é soberano, com referências zeppelinianas pontuadas por violões sensacionais. Nem parece ser tão longa, pois consegue envolver o ouvinte em uma viagem – algo bastante importante para uma composição desse tipo.

A seguir, “Mercy” remete ao material de plays anteriores, podendo ter feito parte de “Head Down” (2012). O que é uma perspectiva interessante, mostrando que a banda já possui parâmetros próprios que pontuam a obra. Você não precisa mais citar outro artista para traçar um paralelo, basta olhar para a própria discografia. “Redemption” é suave e aconchegante, uma balada fora dos padrões de grandiosidade, o que acaba jogando a favor.

A segunda metade abre com “Sweet Life”, banhada no que de mais estridente o rock do final dos anos 1960 oferecia, além de um Hammond bem encaixado. A intro de “Before the Fire” envolve pelos belos violões, criando uma paisagem mental de amanhecer na natureza, passando a ser acompanhado pelo resto da banda logo na sequência. Fechando, “Mosaic” possui uma vibração quase country/pop que vai crescendo e resultando no momento mais radiofônico do álbum. Um encerramento bonito e singelo.

Com apenas 6 canções, talvez “Lightbringer” pudesse até mesmo ser classificado como um EP. Porém, os movimentos da indústria atualmente ainda precisam ser identificados de maneira mais clara até mesmo para quem participa dela. De qualquer modo, é mais uma vitória de Jay Buchanan (vocal, harmonica, guitarra rítmica), Scott Holiday (guitarra solo), Mike Miley (bateria) e Dave Beste (baixo) – além do tecladista Todd Ögren, que os acompanha como convidado desde 2014.

Tendo em conta o fato de que é inevitável algum tipo de comparação, acredito que “Darkfighter” seja um pouco mais “corajoso”, trazendo detalhes mais bem explorados – algo normal, considerando que um par de faixas extras faz diferença quando o tracklist é diminuto. Porém, ambos são de qualidade inegável e merecem constar nas coleções dos fãs.

*Ouça “Lightbringer” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Rival Sons — “Lightbringer”

  1. Darkfighter
  2. Mercy
  3. Redemption
  4. Sweet Life
  5. Before the Fire
  6. Mosaic

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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