Lançado em 1991, “No More Tears” marcou a retomada da carreira de Ozzy Osbourne após momentos polêmicos, incluindo uma prisão por tentativa de assassinato de sua esposa. O cantor vendia a imagem de uma pessoa sóbria, embora a realidade fosse outra nos bastidores. O álbum vendeu mais de 6 milhões de cópias, se tornando um dos mais bem-sucedidos do Madman. Porém, a história quase foi bem diferente.
Em entrevista à Metal Hammer, o guitarrista Zakk Wylde revelou que o renomado Rick Rubin seria o produtor inicialmente. Os dois chegaram a se encontrar para ver o que poderia ser feito. Mas a reação não foi das mais calorosas.
“Fui até a casa dele e mostrei as músicas. Ele disse ‘Zakk, isso parece um disco ruim do Mötley Crüe. Precisamos de um álbum cheio de riffs na linha de ‘Sabbath Bloody Sabbath’’. Respondi que por mim tudo bem, mas não era eu quem decidia, teria que convencer o chefe”.
Ozzy não tinha interesse em copiar sua antiga banda. Em uma última tentativa de vender a ideia, se criou o plano que Zakk tocasse alguns riffs no estilo que Rubin desejava para convencer o cantor a reescrever o disco.
“Fiquei tocando todos esses riffs inspirados em Tony Iommi. De repente, Ozzy apenas se levantou e saiu. Pensei que ele tinha ido ao banheiro, mas foi embora”.
Ozzy Osbourne e “No More Tears”
Sendo assim, restou à gravadora recontratar Duane Baron e John Purdell, que já haviam feito a pré-produção de “No More Tears”. Por sorte e competência, o resultado final pagou as apostas.
Anos mais tarde, Ozzy voltaria a trabalhar com Rick Rubin, dessa vez reunido ao Black Sabbath. Embora a parceria tenha rendido o bem-sucedido álbum “13”, o cantor declarou abertamente não ter gostado dos métodos do produtor.
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