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Iron Maiden não usa backing tracks nem abaixa tom das músicas, diz Bruce Dickinson

Vocalista também explicou o motivo de a banda incluir várias canções recentes em suas apresentações

Apesar de sempre dedicar espaço aos clássicos nos setlists, o Iron Maiden prioriza bastante seus álbuns recentes na hora de montar o repertório. Tempos atrás, o grupo chegou até mesmo a executar um novo disco na íntegra durante a tour de divulgação – “A Matter of Life and Death”, em 2006.

Em entrevista à rádio australiana Triple M, transcrita pelo Blabbermouth, o vocalista Bruce Dickinson explicou o que leva a banda a tomar tal atitude e ainda conseguir que os fãs não reclamem – ao menos durante as apresentações.

“Bem, sim, é porque, estranhamente, eles realmente gostam dessas canções. [Risos] O que é bizarro, não é? Eu sei que é um conceito muito estranho agora – onde as pessoas realmente vão a um show para ouvir a música. Mas acontece assim porque não somos ícones da moda ou qualquer outra coisa do tipo. Sempre fomos – como posso dizer? Não somos como comida do tipo chef com estrela Michelin; somos carne e batatas. E é simples. As músicas não são necessariamente diretas, mas a atitude é.”

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Bruce ainda aproveitou para exaltar a execução do material durante as apresentações, ressaltando que o sexteto não se vale de truques.

“Todas as músicas aparecem no tom original. Não baixamos, não usamos downtune e coisas assim. Ainda tocamos tudo muito rápido, porque estamos sempre entusiasmados. Sem faixas de clique, time code e todos esses recursos atuais. Vejo muitas bandas agora e digo ‘Espere um minuto. Ei, você cantou isso sem mover os lábios.’ Então há todos esses backing vocals voando para a esquerda, para a direita, para o centro e tudo mais. Mas não fazemos nada disso. Tudo é analógico e real. Somos meio old school nesse aspecto. Mas acho que compensa, porque o público entende que a realidade é cada vez mais rara.”

Iron Maiden e “The Future Past”

A entrevista foi publicada logo após o anúncio das primeiras datas da turnê “The Future Past” em 2024. Dez shows foram anunciados para setembro. Além da Austrália, o Iron Maiden passará por Nova Zelândia e Japão. As apresentações coincidem com o período de realização da nova edição brasileira do Rock in Rio, o que tira a banda das possibilidades para o evento.

Antes, entre o final de abril e início de maio, Bruce Dickinson realizará sete shows solo no Brasil. Os concertos servem como divulgação do próximo álbum, “The Mandrake Project”, primeiro de inéditas a levar seu nome em quase duas décadas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Em entrevista à rádio australiana Triple M, transcrita pelo Blabbermouth, o vocalista Bruce Dickinson explicou o que leva a banda a tomar tal atitude e ainda conseguir que os fãs não reclamem – ao menos durante as apresentações.

“Bem, sim, é porque, estranhamente, eles realmente gostam dessas canções. [Risos] O que é bizarro, não é? Eu sei que é um conceito muito estranho agora – onde as pessoas realmente vão a um show para ouvir a música. Mas acontece assim porque não somos ícones da moda ou qualquer outra coisa do tipo. Sempre fomos – como posso dizer? Não somos como comida do tipo chef com estrela Michelin; somos carne e batatas. E é simples. As músicas não são necessariamente diretas, mas a atitude é.”

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Bruce ainda aproveitou para exaltar a execução do material durante as apresentações, ressaltando que o sexteto não se vale de truques.

“Todas as músicas aparecem no tom original. Não baixamos, não usamos downtune e coisas assim. Ainda tocamos tudo muito rápido, porque estamos sempre entusiasmados. Sem faixas de clique, time code e todos esses recursos atuais. Vejo muitas bandas agora e digo ‘Espere um minuto. Ei, você cantou isso sem mover os lábios.’ Então há todos esses backing vocals voando para a esquerda, para a direita, para o centro e tudo mais. Mas não fazemos nada disso. Tudo é analógico e real. Somos meio old school nesse aspecto. Mas acho que compensa, porque o público entende que a realidade é cada vez mais rara.”

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Antes, entre o final de abril e início de maio, Bruce Dickinson realizará sete shows solo no Brasil. Os concertos servem como divulgação do próximo álbum, “The Mandrake Project”, primeiro de inéditas a levar seu nome em quase duas décadas.

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