A estratégia de Taylor Swift ao regravar seus álbuns está causando preocupação nas gravadoras. De acordo com artigo publicado na Billboard, as companhias estariam pensando em estabelecer algumas normas para que a prática não se torne corriqueira nos próximos tempos.
Segundo a publicação, a repaginação dos trabalhos acaba por reduzir o valor das gravações originais. As três gigantes da indústria, Universal Music Group, Sony Music Entertainment e Warner Music Group estariam revisando contratos. A ideia é que artistas tenham que esperar 10, 15 ou até 30 anos para realizar algo do tipo.
Até agora, contratos padrões de gravação usavam dois períodos de espera: cinco a sete anos a partir da data de lançamento do original ou dois anos após o término da parceria. Gandhar Savur, advogado especializado na área, declarou à reportagem:
“Recentemente fiz um acordo com uma gravadora indie grande que tinha uma restrição de regravação de 30 anos. O que, obviamente, é muito mais longo do que estou acostumado a ver. Acho que as grandes gravadoras também estão tentando expandir suas restrições, mas de uma forma mais comedida – elas geralmente ainda não são capazes de mudanças tão extremas.”
De qualquer modo, ele acredita que a tarefa não será tão simples quanto parece.
“Obviamente, este se tornou um grande assunto por conta de Taylor Swift. As gravadoras vão querer fazer tudo o que puderem para resolver. Mas há um limite para o que podem propor. Os representantes dos artistas vão resistir, além do que, um certo padrão está enraizado em nossa indústria do qual não é fácil se afastar.”
Taylor Swift e “1989 (Taylor’s Version)”
Lançado no último dia 27 de outubro, “1989 (Taylor’s Version)” foi o quarto disco de regravações da estrela. Anteriormente, ela já havia dado novo tratamento a seu catálogo em “Fearless (Taylor’s Version)” (2021), “Red (Taylor’s Version)” (2021) e “Speak Now (Taylor’s Version)” (2023).
A ação foi uma resposta à venda dos masters dos seis álbuns de estúdio de Swift com a Big Machine Records. Eles foram adquiridos pelo empresário. À época, Taylor declarou ter tentando comprar os direitos, mas não obtido resposta da gravadora.
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