Não foram poucas as vezes que Dee Snider anunciou, em tempos recentes, estar aposentado. Com o Twisted Sister fora de ação já há alguns anos, o vocalista chegou a lançar alguns álbuns solo e tem feito aparições esporádicas em eventos, como um show de Bret Michaels semanas atrás.
Porém, fora esse tipo de participação especial, não há mais nada na agenda do artista em termos musicais. Durante entrevista ao site grego RockPages, transcrita pelo Blabbermouth, o cantor foi questionado sobre a possibilidade de novos álbuns solo. E deixou claro ser improvável.
“Não prendam a respiração esperando, porque estou sentindo que terminei o que tinha a fazer. Já havia dito isso depois de ‘For The Love Of Metal’ (2018). Veio a pandemia, liguei para Jamey (Jasta, vocalista do Hatebreed, colaborador e produtor) e disse que gostaria de gravar mais um. Mas agora estou me sentindo muito confortável com quem sou, o que sou, o que estou fazendo e como estou vivendo minha vida. Não sinto mais a necessidade.”
Snider ressalta que o fato de ter saído de cena com dois álbuns de heavy metal também o deixa confortável com a ideia do desfecho.
“Fizemos ‘For The Love Of Metal’ e ‘Leave A Scar’ (2021), além do ao vivo ‘For The Love Of Metal Live!’ (2020). Sinto ter colocado um ponto de exclamação no fim da minha carreira. Agradeço a Jamey Jasta por ter me incentivado a voltar ao verdadeiro metal e ao que realmente sou. Fizemos discos muito poderosos, as performances estão lá, tudo está lá. Pensando no legado, gosto de ver esses trabalhos no final da minha carreira musical.”
Dee confirmou que não se sentia da mesma forma com os álbuns que gravou antes a esses.
“O fim do Twisted Sister, por mais divertido que tenha sido e tudo mais, mas nosso último disco é um de Natal. E foi divertido, não tenho vergonha dele, adorei gravá-lo. Mas então a banda acabou e veio um álbum solo. Alguém me desafiou a fazer um disco de rock mainstream, ‘We Are The Ones’ (2016) é bom, mas não era realmente Dee Snider. Foi uma tentativa de fazer algo mais comercial. Não era assim que eu gostaria de sair de cena. ‘For The Love Of Metal’ e ‘Leave A Scar’ me fazem dizer: ‘Sim. Pegue isso. Esse é Dee Snider. Lembre-se de mim assim. Eu tinha 65 anos ou algo assim quando os registrei. Boa noite.’ Então, esses registros são muito importantes para mim.”
Sobre Dee Snider
Nascido em Nova York, Daniel Snider entrou para o Twisted Sister em 1976. Apesar de a banda já existir à época, assumiu a liderança, sendo responsável pela composição das músicas. Foi o frontman dos cincos discos de inéditas e todos os outros lançamentos.
Após o primeiro fim da banda, se juntou a Bernie Tormé (ex-Gillan e Ozzy Osbourne), Clive Burr (ex-Iron Maiden) e Marc Russel no Desperado. O grupo existiu entre 1988 e 1990, mas teve seu único disco, Bloodied But Unbowed, lançado apenas em 1996.
De 1991 e 1994 comandou o Widowmaker. Novamente com o baixista Marc Russel e o baterista Joey Franco (ex-Twisted Sister), além do guitarrista Al Pitrelli (Savatage, ex-Megadeth), lançou dois discos antes da separação.
Em carreira solo, lançou quatro discos, além do Van Helsing’s Curse, espetáculo teatral onde era narrador e atuava. Entre várias aparições em TV e rádio, foi o apresentador do Heavy Metal Mania, primeiro programa especializado no gênero a ser produzido pela MTV.
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