Surgiram rumores online de que usuários do Spotify poderiam ouvir repetidamente sua própria música por 30 segundos para receber pagamentos mensais de royalties. Porém, a gigante do streaming de música negou as alegações.
De acordo com a BBC News (via NME), analistas financeiros da JP Morgan disseram que assinantes do serviço de streaming poderiam ganhar US$ 1,2 mil (R$ 5.854 na cotação atual) por mês ouvindo suas faixas repetidamente 24 horas por dia. O truque sugeria que a estrutura de pagamento poderia ser manipulada.
A teoria chegou a circular em publicações prestigiadas no mercado, como o Financial Times. No entanto, o CEO Daniel Ek declarou que a coisa já não funciona assim há um certo tempo. E justamente por conta das tentativas de trapaças.
“Se isso fosse verdade, minha própria playlist seria apenas uma ‘Daniel’s 30-second Jam’ no repeat! Mas, falando sério, não é bem assim que funciona o nosso sistema de royalties.”
O proprietário de uma gravadora – não identificado pela matéria – respondeu a Ek, escrevendo:
“Não é assim que seu sistema de royalties funciona diretamente, mas o limite de 30 segundos para receber pagamentos tem tendência a que as músicas sejam cada vez mais curtas, e a ‘parte TikTok’ geralmente é sempre de 31 segundos.”
O empresário rebateu:
“Sim, algumas músicas ficaram mais curtas. No entanto, as faixas mais populares ainda duram cerca de 4 minutos.”
Burlando o sistema
As mudanças tiveram repercussão em 2014, quando a banda americana Vulfpeck trapaceou o sistema. Para financiar a vindoura turnê, os músicos publicaram um disco com faixas em silêncio, denominado “Sleepify” e pediram que os fãs deixassem o aplicativo aberto e no repeat enquanto dormiam. A ação rendeu US$ 20 mil.
O Spotify pagou o valor, mas baniu o conjunto alegando quebra de termos de contrato. Eventualmente, eles retornaram à plataforma.
Atualmente, a empresa tem dois níveis de royalties, com os artistas sendo pagos uma vez por mês. Esse número pode variar de acordo com as diferenças na forma como sua música é transmitida ou com os acordos firmados junto a gravadoras ou distribuidores.
Sobre o Spotify
Criado na Suécia, em abril de 2006, o Spotify conta atualmente com cerca de 406 milhões de usuários ativos, sendo 180 milhões deles em modalidades pagas. Seus arquivos armazenam mais de 100 milhões de músicas e outros registros de áudio. É líder absoluto em popularidade e adesão no seu segmento.
No último mês de julho, o serviço anunciou um reajuste nos valores de suas assinaturas. A ação atinge 53 países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos, onde o preço não era alterado há uma década.
Eis a nova tabela de mensalidades para o mercado nacional – que se alterou após dois anos:
- Plano Individual: R$ 21,90/mês (anteriormente R$ 19,90)
- Plano Duo: R$ 27,90/mês (anteriormente R$ 24,90)
- Plano Universitário: R$ 11,90/mês (anteriormente R$ 9,90)
O Plano Família foi o único não afetado. Ele continua custando R$ 34,90 por mês.
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