A opinião crítica do fundador da Shrapnel sobre shredders atuais

Mike Varney foi responsável por apoiar vários nomes históricos da guitarra no início de suas carreiras

Talvez muita gente não conheça o nome de Mike Varney quando citado sem um contexto histórico. Porém, o músico, produtor e empresário foi responsável por ajudar vários músicos em início de carreira. Especialmente no período onde guitarristas virtuosos de hard rock começaram a se destacar, influenciados por nomes como Eddie Van Halen e Randy Rhoads.

Através da Shrapnel Records, figuras como Yngwie Malmsteen, Marty Friedman, Jason Becker, Paul Gilbert, Tony MacAlpine, Vinnie Moore, Greg Howe e Richie Kotzen tiveram suas primeiras grandes chances nos holofotes. Porém, esse período ficou para trás no gosto pessoal.

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Em entrevista à nova edição da Guitar World, Varney deixou claro não ter interesse nas gerações mais recentes de malabaristas do instrumento. O motivo é bem simples e familiar a boa parte dos leitores: ele cansou.

“Ainda adoro sons técnicos, mas também ouço muitos outros tipos de música. É difícil para mim ouvir muitos dos músicos mais novos, pois ou eles estão apenas repetindo coisas que os artistas do Shrapnel faziam há 40 anos ou ficaram mais rápidos e tocam guitarras de sete e oito cordas.”

Questionado quanto ao motivo pelo qual vê como algo negativo ficar mais rápido e optar por mais cordas, Varney afirma que é tudo uma questão de teatro: tal forma de tocar é supostamente projetada apenas para impressionar.

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“Posso apreciar algumas dessas coisas, mas muitas delas parecem só existir pela única razão de facilitar a execução de partes mais malucas. Não estou procurando nada mais rápido do que as coisas mais rápidas que lançamos, ou que tenham tantas mudanças de tempo que existam para tentar fazer algo parecer o mais complexo possível. Talvez seja só a minha idade.”

Velocidade não era o principal

Outro ponto que o empreendedor deixa claro é que, apesar de a velocidade ter sido ponto preponderante em seus pupilos, não era o principal elemento.

“Buscava quem tivesse capacidade de criar boas músicas. O importante era ser comprometido e dar tudo de si. E não me refiro apenas à velocidade. Queria pessoas que encarassem tocar como uma vocação, não um hobby.”

Shrapnel Records atualmente

Oficialmente, a Shrapnel Records ainda existe. Porém, não lança nada de novo há mais de meia década. Seu escritório é localizado na cidade de Novato, Califórnia, Estados Unidos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

2 COMENTÁRIOS

  1. Tanto o Mike quanto o João Renato Alves estão por fora do assunto. Ou talvez vocês sejam apenas velhos e tenham dificuldade com o novo. Tem toda uma nova geração de guitarristas virtuosos tocando coisas que eram impossíveis no passado. Gente ignorante é uma droga msm.

    • Em nenhum momento o texto traz a opinião de João Renato Alves. Do início ao fim, a opinião retratada é a de Mike Varney. Isso está claro ao longo de todo o texto. Gente ignorante é uma droga msm.

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