O único “vício” que o quase sóbrio Keith Richards ainda não largou

Guitarrista dos Rolling Stones revelou ter abandonado tudo que lhe faz mal, mas não abre mão de um goró de vez em quando

Após décadas sendo a personificação dos excessos inerentes ao rock’n’roll, Keith Richards está sóbrio — ou o mais próximo que dá para ele ficar aos 79 anos de idade.

O guitarrista dos Rolling Stones abordou o assunto em entrevista ao jornal inglês The Telegraph. A conversa girou em torno do novo álbum da banda, “Hackney Diamonds”, que sai dia 20 de outubro. Porém, também foi possível abordar assuntos diversos, como o fato de o músico ter abandonado a maioria dos vícios.

“Os cigarros eu larguei em 2019. Não encosto neles desde então. Me limpei de heroína em 1978. Larguei a cocaína em 2006. Eu ainda gosto de uma birita de vez em quando – porque não vou pro céu tão cedo –, mas tirando isso, estou tentando aproveitar uma vida limpa. É uma experiência única para mim.”

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Keith já havia revelado ter sossegado com bebida numa entrevista para a Rolling Stone em 2018. Ele descreveu na época suas razões:

“Era a hora de parar, assim como todas as outras coisas… não percebo diferença, a não ser de que não bebo – não estava sentindo que era algo certo, simplesmente não quis mais”.

A longevidade de Keith Richards

Richards é infame na história do rock por seu consumo de substâncias ilícitas, com direito a teorias da conspiração alegarem que ele trocou de sangue mais de uma vez. Contudo, o guitarrista atribuiu sua sobrevivência a um corpo resistente e uma mentalidade positiva, como falou ao The Telegraph:

“Sou abençoado, talvez, que essa coisa continua funcionando fisicamente. Até agora, não tenho problemas reais com estar envelhecendo. Existem coisas horríveis que se pode ver no futuro, mas tem que chegar lá. Estou me dando bem com a ideia de ter 80 anos e ainda estar andando e falando. Acho envelhecer um processo fascinante. Mas se não achasse, é como cometer suicídio.”

Rolling Stones e Paul McCartney

Uma coisa que dá pra ver no futuro — e não é horrível — se trata da participação de Paul McCartney no novo disco dos Rolling Stones. O Beatle gravou baixo na música “Bit My Head Off” e revelou em entrevista ao jornal O Globo, como se deu a parceria.

O artista definiu o processo como “muito divertido” e apontou que o convite foi feito para que ele colaborasse com “algumas faixas”.

“Um dia eu estava jantando com Ronnie (Wood, guitarrista dos Stones), perguntei como estavam indo as gravações e ele me disse: ‘ai, às vezes tenho que ser o mediador do Mick (Jagger) e do Keith (Richards)…’ E aí falei que tinha um cara para ajudá-los, o Andrew Watt, produtor com quem eu estava trabalhando. Depois até descobrimos que o Mick já estava conversando com ele. E aí um dia o Andrew me perguntou: ‘você gostaria de tocar baixo em algumas faixas?’.”

Em entrevista à CBC (via Guitar), Jagger contou seu lado da história de como Macca acabou tocando baixo no álbum:

“Paul estava em Los Angeles enquanto a gente estava gravando e ele estava marcado para trabalhar com nosso produtor, Andrew Watt, uma semana. Andy tinha falado pra gente: ‘Estou trabalhando nesse disco [‘Hackney Diamonds’], e se demorar seis meses eu não vou fazer mais nada além disso’. De repente, a gente tem essa semana e ele fala: ‘esqueci de avisar… tenho que trabalhar com Paul essa semana’. Então a gente arrumou a agenda e ele falou: ‘por que não chamamos Paul para vir aqui e tocar em algo?’.”

A sugestão pegou Jagger de surpresa. O vocalista dos Stones descreveu sua reação:

“Então falei: ‘no quê?’. Paul nunca tocou baixo comigo. Já cantei com ele, mas ele nunca tocou baixo conosco. Sugerimos que ele tocasse em uma música mais punk (‘Bite My Head Off’). Não sabia como ia fundionar, mas ele mandou muito bem e amou participar. Ele falou: ‘É ótimo tocar com uma banda! Super divertido tocar com uma banda’. Paul foi tão natural e relaxado. Ele se divertiu. A gente finalizou a música bem rápido.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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