A Epic Games, empresa responsável pelos jogos de sucesso Fortnite e Rocket League, anunciou a venda do Bandcamp, uma das plataformas mais usadas por músicos independentes no planeta. A decisão foi tomada menos de um ano e meio após adquirir a companhia.
A aquisição pela Epic, confirmada em março de 2022, foi polêmica. À época, o quadro de funcionários da companhia estava passando por um esforço de sindicalização não reconhecido pela diretoria.
No mês seguinte à compra, a gravadora independente Top Shelf Records alegou ter sido notificada pela empresa para deixar de apoiar a campanha de sindicalização (via Stereogum).
A plataforma agora fará parte do portfólio da Songtradr, que trabalha primariamente com licenciamento de música para outras mídias. Em comunicado oficial, a empresa aquisitora escreveu:
“Essa aquisição irá ajudar o Bandcamp a continuar a crescer dentro de uma empresa focada primariamente em música e proporcionar à Songtradr a oportunidade de expandir suas capacidades para apoiar a comunidade artística.
Songtradr também irá oferecer a artistas do Bandcamp a habilidade e escolha de ter suas músicas licenciadas a todas as formas de mídia, incluindo criadores de conteúdo, desenvolvedores de games e apps, além de marcas. Isso ajudará artistas a continuar mantendo controle e posse de seus direitos autorais, além de aumentar sua capacidade de rendimentos através da rede de licenciamento global da Songtradr.”
Enquanto isso, a Epic Games está passando por demissões em massa além da venda do Bandcamp. Segundo a CNBC, cerca de 16% da força de trabalho da companhia será dispensada em meio a cortes de gastos. Ainda não se sabe se estão inclusos funcionários da empresa vendida nessa porcentagem.
O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, fez um comunicado aos funcionários para explicar a razão dos cortes:
“Há algum tempo, nós temos gasto muito mais dinheiro do que arrecadamos, investindo na próxima evolução da Epic e crescendo Fortnite como um ecossistema de metaverso para criadores. Eu estava otimista que poderíamos superar essa transição sem demissões, mas em retrospecto vejo que isso não era realista.”
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