O Arctic Monkeys é a maior banda britânica a surgir no século 21, mas também foi um dos primeiros casos de um fenômeno musical em redes sociais reproduzindo seu sucesso na forma de vendas. Seis álbuns consecutivos do grupo de Sheffield estrearam estrearam no topo das paradas inglesas — o mais recente, “The Car” (2022), atingiu a 2ª posição na semana de lançamento.
Entretanto, é preciso ressaltar a importância de algo dito no parágrafo anterior. Por mais que tenham sido um fenômeno digital, tendo criado uma legião de fãs via redes sociais como MySpace e usado compartilhamento de arquivos em seu favor antes sequer de terem lançado seu single de estreia, o Arctic Monkeys é parte de um legado duradouro e bem particular: eles são uma grande banda britânica.
Grandes bandas britânicas tem ótimos discos e singles, recheando compactos com b-sides tão bons quanto as faixas do disco. Elas refletem intensamente a cultura do Reino Unido, servindo quase como uma ferramenta de soft power, ao incentivar fãs de outros países a se tornarem anglófilos.
O problema é: grandes bandas britânicas sempre têm dificuldade de estourar na América. Entre outros fatores logísticos também importantes, americanos não querem saber de outras culturas a não ser a deles.
Por mais que sua fama tivesse atingido boa parte do planeta ao longo de seus oito anos de atividade, o Arctic Monkeys ainda era visto em 2013 como uma banda menor nos EUA.Até então, nunca haviam conseguido sucesso comercial lá. Eram mainstream no resto do mundo, mas na terra do tio Sam eram indie.
Isso logo mudou. Essa é a história de como um quarteto de amigos de Sheffield no auge da carreira criou um dos melhores discos de rock do século 21. Uma obra tão evidentemente importante que os elogios efusivos iniciais foram vistos como hipérbole apenas para estarem certos com o tempo.
Essa é a história de “AM”.
Arctic Monkeys em mutação
Após dois discos em que se posicionou como a maior banda britânica desde o Oasis, o Arctic Monkeys começou um período de experimentação. O vocalista e compositor Alex Turner embarcou em um projeto paralelo chamado The Last Shadow Puppets com seu amigo Miles Kane, do The Rascals.
Em vez do indie tradicional que se esperava da cena, os dois entregaram um disco – “The Age of Understatement” (2008) – profundamente influenciado pela música do cantor americano Scott Walker, com acompanhamento orquestral dramático e um tom quase barroco. Queixos caíram no Reino Unido não só com a audácia de tal empreitada, mas também pelo fato da dupla ter feito algo capaz de transcender o pastiche e soar autoral. Os Estados Unidos nem ligaram.
Em “Humbug”, (2009) terceiro disco do Arctic Monkeys, eles trocaram o produtor James Ford por uma viagem ao deserto da Califórnia, onde trabalharam com Josh Homme, líder do Queens of the Stone Age. Ali, exploraram uma sonoridade stoner e letras mais oblíquas, menos preocupadas com o cotidiano de uma cidade industrial no norte da Inglaterra, abordando imagens ora românticas, ora refletindo o terror inerente à realidade. Novamente, os EUA não ficaram impressionados.
Em entrevista de 2013 à Spin, Alex Turner falou sobre os benefícios de trabalhar com Josh Homme:
“Acho que foi ali o início de ‘disco é disco e ao vivo é outra coisa’ Começou ali no ‘Humbug’, mas não no nível que exploramos dessa vez. Só ele levar a gente lá pro interior, tudo parecia longe no deserto. Não havia ninguém olhando, e do nada a gente sentia como se pudesse fazer qualquer coisa. Fomos revigorados por essa energia positiva. Sei que pessoas sempre falam demais sobre o deserto, mas tem uma conexão com rock’n’roll. É mais do que só cogumelos naquele lugar.”
Quando chegou a hora de “Suck It and See” (2011), o grupo novamente trabalhou com James Ford, que havia produzido os dois primeiros discos da banda, além do álbum do The Last Shadow Puppets. Dessa vez, porém, os Monkeys tomaram a decisão de gravar nos EUA – especificamente em Los Angeles, no lendário estúdio Sound City.
O resultado foi o álbum mais alinhado com o ideal da grande banda britânica. Guitarras cintilantes que tecem melodias açucaradas, canções cheias de romantismo e surrealismo, além de um senso de humor praticamente ausente da música rock americana. Mais uma vez, nem um pio vindo da América.
Pior, eles haviam sido relegados ao status de banda de abertura no país: serviram como suporte à dupla Black Keys, que haviam atingido megaestrelato com os álbuns “Brothers” e “El Camino”. Algo precisava acontecer.
Logo antes do começo da turnê de “Suck It and See”, um acontecimento digno de nota foi divulgado pela imprensa inglesa. Alex Turner e sua namorada de quatro anos, a modelo e apresentadora inglesa Alexa Chung, haviam terminado a relação.
É importante ressaltar o papel que Alexa Chung teve no desenvolvimento do Arctic Monkeys como banda em geral – e no de Alex Turner como compositor e rockstar, em particular. Além de servir como musa de várias canções do grupo, através de sua relação com o vocalista deu para vê-la exercendo uma influência estética semelhante à que Anita Pallenberg teve sobre os Rolling Stones nos anos 60.
Isso era bastante evidente durante o período promocional de “Humbug”, no qual artigos e perfis comentavam como Alex Turner havia deixado seu cabelo crescer e começado a se vestir de maneira diferente. Abraçou uma estética semelhante à de sua namorada.
Turner tinha apenas 19 anos quando a estreia do grupo, “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not” (2006), lhe posicionou como o maior compositor inglês de sua geração. Ao longo da carreira do Arctic Monkeys, essa sempre foi uma caracterização que pesou na sua psique, além das pressões de ser visto como o frontman da banda.
A relação com Alexa Chung o ajudou a adquirir confiança em quem ele era como pessoa. Ou, ao menos, criar uma distância entre sua vida normal e a persona em cima do palco.
O momento que marcou uma mudança definitiva nessa relação pessoa/rockstar ocorreu logo após o anúncio oficial do término. O Arctic Monkeys estava escalado para se apresentar no Lollapalooza Chicago 2011 e quando a banda subiu ao palco, Alex Turner havia mudado completamente seu visual, adotando um visual teddy boy com jaqueta de couro e um topete cheio de gomalina.
Era um sinal de que algo havia mudado nele – e como a banda estava prestes a mudar também.
Rimas ao avesso e referências a “Thunderbirds”
O primeiro sinal dessa mudança veio em fevereiro de 2012, com o lançamento do single “R U Mine?”. Composta por Alex Turner e o baixista Nick O’Malley, a canção é construída em cima de vários elementos musicais que viriam a ser cruciais nessa nova fase dos Monkeys.
Em vez de se deixar guiar pelo (excelente) riff, “R U Mine?” existe em torno do baixo grooveado de O’Malley, interagindo com a bateria e guitarras de modo a ditar todas as dinâmicas da faixa. Além disso, o baixista e o baterista Matt Helders dão o primeiro gosto de seus backing vocals de falsete, dando um ar mais sensual ao arranjo.
Falando ao NME em 2013, Turner falou sobre o papel dessas harmonias:
“Não querendo encher minha própria bola, mas quando a gente esbarrou nisso foi tipo: ‘precisamos explorar essa ideia!’ Os vocais mais agudos que estamos fazendo ali – eu chamo de The Cosmic Opera Melodies [Melodias de Ópera Cósmica] e os dois [Helders e O’Malley] são os The Space Choirboys [Meninos do Coral do Espaço].”
Enquanto isso, a letra de Alex mostra uma influência crescente de hip hop em como ele organiza suas rimas. Não à toa, o músico cita ao NME os rappers Drake e Lil Wayne como artistas que o inspiraram:
“A música, pra não ficar pesado demais, é sobre a incerteza que vem com estar apaixonado às vezes. Ficar imaginando onde você está na situação. Esse é o subtexto da canção, mas eu joguei uma referência aos ‘Thunderbirds’ [série de ação inglesa feita com marionetes nos anos 60]. Esse pedaço em particular é como a coisa que Lil Wayne e Drake fazem. A gente tem escutado muito das coisas deles recentemente. Gosto do negócio que eles fazem em que falam sobre algo de trás pra frente, então falam sobre, mas só dizem o que realmente é no verso seguinte. É difícil de explicar, mas é uma homenagem a essa ideia. Então eu falo, ‘I’m a puppet on a string’ [Sou uma marionete presa por fios], logo antes de mencionar Tracy Island [lar fictício dos ‘Thunderbirds’]. É sobre isso – incerteza.”
No clipe, a banda é apresentada por uma figura lendária do rock – Steve Jones, guitarrista do Sex Pistols e um dos maiores radialistas de Los Angeles – antes da bateria de Matt Helders soar como um soco na cara e o riff como um pé botando um portão abaixo.
O resto do vídeo – dirigido pelo duo Focus Creeps, formado por Aaron Brown e Ben Chappel – mostra a banda tocando o terror com carros e motos pela noite de Los Angeles. Nisso, estabelecem para o grupo uma estética preto e branco que consegue referenciar o trabalho lúrido do fotógrafo holandês Anton Corbijn sem parecer uma cópia.
Quando tocaram pela segunda vez na carreira aqui no Brasil, durante a primeira edição do Lollapalooza São Paulo, em abril de 2012, a diferença entre a banda que eles um dia foram e agora seriam era evidente.
Eles subiram ao palco ao som de “That’s The Way (I Like It)”, da KC & The Sunshine Band, e pareciam muito mais soltos comparados à primeira passagem pelo país, em 2007, no qual se mostravam assustados com a reação apaixonada do público.
No dia 27 de julho, eles participaram da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres, uma grande celebração das contribuições da Inglaterra para a cultura pop em geral. Eles tocaram duas canções: seu single clássico “I Bet That You Look Good on the Dancefloor” e uma música que os conectava a outro grupo lendário do país: “Come Together”, dos Beatles.
Seis anos após sua estreia, eles pareciam com isso estarem sendo canonizados como a grande banda britânica da sua geração. E em agosto, eles começariam a trabalhar no álbum que os cimentaria nessa posição.
Na entrevista de 2013 à Spin, entretanto, Alex Turner falou sobre o perigo de pensar demais sobre o lugar da banda no cânone do rock inglês:
“Você passa seu tempo pensando nisso, é capaz de se perder no seu reflexo.”
Casando hip hop com rock
Os trabalhos para o que viria a ser o quinto disco do Arctic Monkeys começaram em um espaço de ensaio convertido em estúdio pela banda chamado Sage & Sound, localizado na cidade de Los Angeles. Todos os integrantes agora estavam morando na cidade e decidiram começar a trabalhar sem produtor.
Em entrevista ao NME, o produtor James Ford descreveu a cena quando foi convocado finalmente para trabalhar na produção do disco, em agosto de 2012:
“Eles tinham acampado naquele lugar por meses, bem antes de eu chegar, e eles tinham feito um monte de demos nesses gravadores de quatro faixas bem ruins dos anos 70. Aquele estúdio foi tão importante pra eles – ter o espaço próprio para experimentar e fazer merdas foi ótimo.”
A principal coisa que a banda estava trabalhando nesse período era encontrar um jeito de casar seu amor por riffs com uma nova fascinação desenvolvida por hip hop e R&B do final dos anos 90, especificamente o trabalho da cantora Aaliyah, do grupo TLC e do produtor e rapper Dr. Dre no disco “2001” (1999). Conversando com a Spin em 2013, Alex Turner apontou o desafio de incorporar esses interesses de uma maneira orgânica, sem soar como uma referência simples:
“Não sou muito fã de referências. No momento que você especifica e diz algo como Aaliyah ou TLC, só ficam pensando nisso. Mas tem algo sobre essas melodias. Elas são melodias de pager duas vias. E os riffs tem uma vibe ‘Tombstone’ [faroeste dos anos 90]. Combinam bem. A gente esbarrou nisso mesmo em ‘R U Mine?’, que faz algo semelhante. Estamos pegando emprestados pequenos elementos. O jeito que os vocais são produzidos em canções R&B contemporâneas, ou o jeito como a música de fundo entra e sai. Elas sempre têm essa qualidade de delay. Quando tínhamos ‘R U Mine?’, queríamos cercá-la com canções que seguiam essa deixa. Começou de querer continuar, fazer 12 canções como ‘R U Mine?’, mas exatamente como ela. Então o que mais daquele mundo dá para incorporar de algum jeito?
Quero mesmo que soe bom no carro. Nós estivemos muito em LA esses últimos anos, então acho que passamos muito tempo no carro. Quando você tem seu telefone no carro e tá no suffle, tem todo tipo de coisa se escondendo nas profundezas. Se ‘In Da Club’ do 50 Cent começa a tocar no carro, não tem como pular. Só o jeito como o ritmo soa. Eu queria ter um pouco disso. De começar a tocar no carro e tem aquele som de bateria mais grave e abafado.”
Essa fórmula tem um de seus exemplos mais claros na faixa de abertura do disco, “Do I Wanna Know?” Surgida das mesmas sessões no Rancho de la Luna na qual “R U Mine?” surgiu, a música foi construída tal qual uma produção de Timbaland, com a batida sendo estabelecida com bateria, palmas e pisões antes de haver riffs ou melodia.
Em entrevista de agosto de 2013 ao NME, o produtor James Ford falou sobre a canção:
“Quando ‘Do I Wanna Know?’ surgiu, eu só lembro de pensar: ‘isso resume o que estamos tentando fazer’. Soava pesada – e tinha uma sensação pesada também. Tinha um peso inerente que eu gosto muito. Lembro de ficar bem empolgado quando foi tomando forma e vendo a imagem ficar nítida de onde estávamos indo. Foi uma das primeiras que finalizamos, e foi nisso de tomar forma – eu conseguia ver o produto final daquele ponto em diante.”
Curiosamente, o plano inicial para a canção não envolvia os Space Choirboys fazendo os backing vocals, mas sim as três irmãs Haim. Entretanto, elas estavam no meio das gravações de sua estreia, “Days Are Gone” (2013), e precisaram dizer “não”, como Este Haim revelou ao NME (via Nação da Música):
“Não tínhamos tempo suficiente para ir e aprender as melodias. Teria demorado alguns dias. Isso teria sido nosso maior sonho realizado, cantar em um disco do Arctic Monkeys. A decisão de recusar foi dolorosa. O pior dia da minha vida.”
O riff de “Do I Wanna Know?” deve sua sonoridade ao uso inusitado de uma Vox Starstream 12 cordas. A guitarra raramente usada para música pesada havia sido comprada por Turner de brincadeira e acabou sendo a mais importante para composição de riffs no disco.
A partir de “R U Mine?” e “Do I Wanna Know?” os Monkeys exploraram essa sonoridade em outros momentos do disco, como “Why’d You Only Call Me When You’re High” – em que a batida reminiscente de “The Real Slim Shady” transforma uma balada bem humorada em algo mais cafajeste e sensual – e o ponto alto do disco, “Knee Socks”.
No que “Do I Wanna Know?” mostra a capacidade dos Monkeys de incorporar elementos R&B ao rock, “Knee Socks” é seu oposto. Canção digna da era de ouro do TLC ou do Destiny’s Child, é pura safadeza de fim do milênio, temperada com uma ponte em falsete arrepiante – cortesia dos Space Choirboys – além de uma contribuição vocal fantasmagórica de Josh Homme.
“AM” é encerrado com uma homenagem de Turner a um de seus ídolos, o poeta inglês John Cooper Clarke, na forma de uma versão musicada de seu poema mais famoso, “I Wanna Be Yours”. A carreira do vocalista sempre foi marcada por personagens derrubados por amor a ponto de demonstrarem masoquismo, então um ode à desumanização e comodificação capitalista em nome de ser aceito pela pessoa amada foi apenas apropriado.
Quase um “Chinese Democracy” indie
Quase um ano após o início das sessões do que veio a ser “AM”, o Arctic Monkeys não havia finalizado o disco. O grupo seria um dos headliners do Festival de Glastonbury em junho de 2013, e ainda não havia lançado nada desde “R U Mine?”, em fevereiro do ano anterior.
Eles já haviam sido headliner de Glastonbury uma vez, em 2007, quando eram a banda mais quente do indie britânico. Desde então, em meio a suas mutações e experimentações, se mantiveram longe do festival mais famoso do mundo.
Em entrevista de 2013 ao NME, Alex Turner falou sobre o nervosismo em torno da performance com o disco ainda não finalizado, chamando o cenário de “Chinese Democracy” indie:
“Eu comecei a ver o começo de uma espiral descendente na qual passa quatro anos no disco e milhões de dólares vão descendo pelo ralo. Eu cheguei a começar a descer por esse ralo nessa época, mas Glastonbury me despertou.”
No dia 28 de junho de 2013, nove dias após o lançamento de “Do I Wanna Know?” como single – 11º lugar nas paradas inglesas na semana de estreia, o melhor resultado de um compacto deles desde 2007 –, o Arctic Monkeys subiu ao palco em Glastonbury. Fez um show lendário, tornando a apoteose do grupo não apenas possível, como inevitável.
“Why’d You Only Call Me When You’re High” saiu dia 11 de agosto e se saiu ainda melhor que “Do I Wanna Know?” nas paradas inglesas, chegando ao 8º lugar. Mesmo assim, o single anterior estava fazendo algo mais importante pela banda: se tornando a primeira canção do grupo a aparecer na Billboard Top 100.
Além da parada principal dos EUA, “Do I Wanna Know?” apareceu próxima do topo ou na primeira posição de toda variação rock e/ou alternativa da publicação.
“AM” finalmente saiu dia 9 de setembro. Liderou as paradas no Reino Unido com 157 mil cópias vendidas na semana de estreia. O nome, Alex Turner explicou ao NME, foi inspirado por outra grande banda do passado:
“Eu roubei do Velvet Underground, vou confessar agora. O disco ‘VU’ [coletânea de raridades lançada em 1985], obviamente. Preguiça da nossa parte? Sim! Algo sobre esse disco faz parecer que estamos exatamente onde deveríamos estar agora. Então pareceu certo só usar as iniciais.”
Isso garantiu ao grupo a façanha de serem os primeiros artistas a terem cinco discos em primeiro lugar lançados por uma gravadora independente, a Domino.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o álbum vendeu 42 mil cópias na primeira semana, chegando à sexta posição da Billboard 200. Em 2017, “AM” recebeu disco de platina pela RIAA por vender uma combinação de um milhão de unidades e unidades-equivalentes.
O grupo finalmente encarou os EUA de uma maneira séria. Fizeram toda rodada chata de publicidade necessária no país. Isso foi refletido na turnê mais bem-sucedida da banda até então.
A questão é que após toda essa exploração sonora e aprimoramento de uma fórmula rock, os Monkeys se encontraram exaustos de fazer esse tipo de música.
Os dois discos subsequentes da banda, “Tranquility Base Hotel & Casino” (2018) e “The Car” (2022), são explorações mais similares em tom ao The Last Shadow Puppets, com uma influência de jazz e lounge music dos anos 60.
Mas eles conquistaram a América. Isso não dá pra tirar deles.
Arctic Monkeys — “AM”
- Lançado em 9 de setembro de 2013 pela Domino
- Produzido por James Ford e Ross Orton
Faixas:
- Do I Wanna Know?
- R U Mine?
- One for the Road
- Arabella
- I Want It All
- No.1 Party Anthem
- Mad Sounds
- Fireside
- Why’d You Only Call Me When You’re High?
- Snap Out of It
- Knee Socks
- I Wanna Be Yours
Músicos:
- Alex Turner (voz e guitarra)
- Matt Helders (bateria)
- Jamie Cook (guitarra)
- Nick O’Malley (baixo)
Músicos adicionais:
- James Ford (teclado em todas as faixas exceto 1, 2, 4, 5 e 10; pandeireta)
- Josh Homme (backing vocals nas faixas 3 e 11)
- Pete Thomas (percussão na faixa 7)
- Bill Ryder-Jones (guitarra adicional na faixa 8)
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Um texto que agrada os leitores fãs dos Monkeys!