Quando encerrou atividades, o The Police estava reconhecidamente no melhor momento da carreira. O álbum “Synchronicity” (1983) havia desbancado nada menos que “Thriller”, de Michael Jackson, do topo da parada americana. O single “Every Breath You Take”, hoje um clássico atemporal, estava na boca do povo – até mesmo quem sequer conhecia a banda ou era adepto de seu estilo.
Ainda assim, após muitas brigas – com direito a sopapos e insultos –, o trio decidiu que era hora de cada um seguir seu caminho. Em entrevista a Adam Levy no YouTube (com transcrição do Killer Guitar Rigs), o guitarrista Andy Summers falou sobre o impacto do encerramento em sua carreira. E confessou ter pensado em parar.
“Foi um período estranho, em que realmente não sentia mais vontade de tocar. Até fazia shows e gravações, mas não ficava o tempo todo com a guitarra. Estava com a cabeça em outro lugar.”
Tudo mudou quando o músico recebeu convite para sair em turnê com uma lenda do jazz.
“E então saí em turnê com Larry Coryell, só nós dois tocando juntos. Ele era uma pessoa muito entusiasmada e, na verdade, foi um catalisador, me trouxe de volta a isso. Desde então, essa vontade nunca mais desapareceu.”
The Police e Andy Summers
A turnê de reunião do The Police aconteceu entre 2007 e 2008, se tornando uma das mais bem-sucedidas da história. Só em vendas de ingressos, o grupo faturou cerca de US$ 360 milhões.
O álbum mais recente de Andy Summers foi “Harmonics of the Night”. Lançado em outubro de 2021, o trabalho encerra uma trilogia iniciada em “Metal Dog” (2016) e prosseguida em “Triboluminescence” (2017).
O conceito começou com uma improvisação de violão para uma exposição de museu com fotos do músico. O trabalho foi disponibilizado seis dias antes do início de uma nova exibição na Leica Gallery, em Londres.
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