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U.D.O. cumpre sina de fazer o mesmo disco a cada dois anos em “Touchdown”

Nem mesmo a estreia do baixista Peter Baltes, outro ex-Accept, tira álbum da mesmice

Talvez alguns fãs do Accept tenham ficado entusiasmados com o anúncio da reunião do vocalista Udo Dirkschneider e do baixista Peter Baltes. Saído há pouco da antiga banda, o instrumentista voltou a participar da carreira do cantor, tanto em trabalhos autorais quanto no autotributo usando seu sobrenome.

Porém, também precisamos ser sinceros quando lembramos que o frontman costuma lançar um disco a cada dois anos que é, basicamente, uma repetição de clichês tanto nos arranjos quanto nas letras. Sim, sabemos que muitas pessoas realmente procuram por isso. Ainda assim, fica difícil realmente se entusiasmar sabendo que vamos encontrar basicamente uma nova versão de algo que já não era mais tão legal da última vez.

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“Touchdown” cumpre à risca a proposta. O heavy metal tradicional com clara referência à antiga banda do protagonista se apresenta daquela forma que os admiradores esperam. O problema é que se trata de um disco que efetivamente não acrescentará nada, tal qual todos os outros mais recentes. A banda é correta, Udo segue bastante competente, mesmo com as limitações inevitáveis da idade – 71 anos quando da criação da resenha, mas é só.

Obviamente, quem é menos exigente pode se divertir com a pesada abertura “Isolation Man”, assim como desfrutar do single “Forever Free”. Mas não dá para tapar os ouvidos para o fato de que elas já haviam aparecido em discos anteriores com outros títulos e pequenas mudanças.

Apesar das polêmicas intermináveis, com erros de ambos os lados, não dá para negar que o Accept atual é muito mais relevante do que o U.D.O., disposto a se fotocopiar a cada novo ciclo de disco e turnê.

*Ouça “Touchdown” a partir de sexta-feira (25) nas plataformas digitais.

U.D.O. – “Touchdown”

1. Isolation Man

2. The Flood

3. The Double Dealer’s Club

4. Fight for the Right

5. Forever Free

6. Punchline

7. Sad Man’s Show

8. The Betrayer

9. Heroes of Freedom

10. Better Start to Run

11. The Battle Understood

12. Living Hell

13. Touchdown

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

3 COMENTÁRIOS

  1. Péssimo disco do Udo, ouvi agorinha e não gostei. Tudo que se ouve aqui já foi feito antes… Na boa, era para ter sido o contrário: o Peter Baltes não devia ter saído da banda de Hoffmann e Tornillo para se juntar ao U.D.O., e o atual baixista do Accept entraria fácil para a banda solo do baixinho alemão. Se fosse assim, eu aprovaria ambos os lados!

      • Olha, cara… Para mim o Accept ficou realmente chato depois que o Peter Baltes saiu e ganhou um terceiro (e desnecessário) guitarrista, vide o último disco lançado até agora por eles – o pavoroso Too Mean to Die, que confirmou o que eu já percebia em The Rise of Chaos: a força e a inspiração estavam mesmo secando dentro do seio do Accept. Adoro Blood of the Nations, Stalingrad, Blind Rage (meu preferido da banda) e os clássicos oitentistas, mas foi certamente em The Rise of Chaos (e no Too Mean to Die) que eles começaram a soar repetitivos e desinspirados, talvez pela chegada de novos membros e pela mudança em sua sonoridade. Enfim… E quanto ao Udo, o seu último grande álbum foi certamente o muito bem cotado Steelfactory (2018), ouvi também o Game Over (2021) e achei interessante, mas não me surpreendeu tal como este Touchdown, que também não será visto como um novo “clássico”.

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Nem mesmo a estreia do baixista Peter Baltes, outro ex-Accept, tira álbum da mesmice

Talvez alguns fãs do Accept tenham ficado entusiasmados com o anúncio da reunião do vocalista Udo Dirkschneider e do baixista Peter Baltes. Saído há pouco da antiga banda, o instrumentista voltou a participar da carreira do cantor, tanto em trabalhos autorais quanto no autotributo usando seu sobrenome.

Porém, também precisamos ser sinceros quando lembramos que o frontman costuma lançar um disco a cada dois anos que é, basicamente, uma repetição de clichês tanto nos arranjos quanto nas letras. Sim, sabemos que muitas pessoas realmente procuram por isso. Ainda assim, fica difícil realmente se entusiasmar sabendo que vamos encontrar basicamente uma nova versão de algo que já não era mais tão legal da última vez.

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“Touchdown” cumpre à risca a proposta. O heavy metal tradicional com clara referência à antiga banda do protagonista se apresenta daquela forma que os admiradores esperam. O problema é que se trata de um disco que efetivamente não acrescentará nada, tal qual todos os outros mais recentes. A banda é correta, Udo segue bastante competente, mesmo com as limitações inevitáveis da idade – 71 anos quando da criação da resenha, mas é só.

Obviamente, quem é menos exigente pode se divertir com a pesada abertura “Isolation Man”, assim como desfrutar do single “Forever Free”. Mas não dá para tapar os ouvidos para o fato de que elas já haviam aparecido em discos anteriores com outros títulos e pequenas mudanças.

Apesar das polêmicas intermináveis, com erros de ambos os lados, não dá para negar que o Accept atual é muito mais relevante do que o U.D.O., disposto a se fotocopiar a cada novo ciclo de disco e turnê.

*Ouça “Touchdown” a partir de sexta-feira (25) nas plataformas digitais.

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6. Punchline

7. Sad Man’s Show

8. The Betrayer

9. Heroes of Freedom

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  1. Péssimo disco do Udo, ouvi agorinha e não gostei. Tudo que se ouve aqui já foi feito antes… Na boa, era para ter sido o contrário: o Peter Baltes não devia ter saído da banda de Hoffmann e Tornillo para se juntar ao U.D.O., e o atual baixista do Accept entraria fácil para a banda solo do baixinho alemão. Se fosse assim, eu aprovaria ambos os lados!

      • Olha, cara… Para mim o Accept ficou realmente chato depois que o Peter Baltes saiu e ganhou um terceiro (e desnecessário) guitarrista, vide o último disco lançado até agora por eles – o pavoroso Too Mean to Die, que confirmou o que eu já percebia em The Rise of Chaos: a força e a inspiração estavam mesmo secando dentro do seio do Accept. Adoro Blood of the Nations, Stalingrad, Blind Rage (meu preferido da banda) e os clássicos oitentistas, mas foi certamente em The Rise of Chaos (e no Too Mean to Die) que eles começaram a soar repetitivos e desinspirados, talvez pela chegada de novos membros e pela mudança em sua sonoridade. Enfim… E quanto ao Udo, o seu último grande álbum foi certamente o muito bem cotado Steelfactory (2018), ouvi também o Game Over (2021) e achei interessante, mas não me surpreendeu tal como este Touchdown, que também não será visto como um novo “clássico”.

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