A série “The Idol”, criada pelo cantor The Weeknd junto do ator e cineasta Sam Levinson, foi cancelada pela HBO após uma única temporada. Rumores sobre o encerramento da produção – alvo de críticas e envolta por polêmicas – circulavam já há alguns meses.
A estreia aconteceu no último mês de junho. Ao todo, foram ao ar cinco episódios — originalmente desenhados como seis. Em comunicado, um porta-voz da plataforma destacou a respeito da descontinuação (via Variety):
“A ‘The Idol’ foi uma das séries originais mais provocativas da HBO e estamos satisfeitos com a forte resposta do público. Depois de muito refletir, a HBO, assim como os criadores e produtores, decidiram não continuar com uma segunda temporada. Somos gratos aos criadores, elenco e equipe por seu trabalho incrível.”
Inicialmente, a HBO negou pelo X/Twitter o boato de que “The Idol” não ganharia uma sequência. Porém, no mesmo período, também à Variety, o ator Moses Sumney (responsável por interpretar o personagem Izaak) havia adiantado que o futuro da série era incerto:
“Com a greve dos roteiristas, com Sam em outro trabalho e com tudo em pausa, eu realmente não sei o que vai acontecer. Quando assinei o contrato para ‘The Idol’, pensei que teria só uma temporada.”
Polêmicas de “The Idol”
“The Idol” — que conta a história de uma estrela pop (Lily-Rose Depp) sendo cooptada por um dono de boate e líder de seita (The Weeknd) — conquistou apenas 19% de aprovação da crítica no site especializado Rotten Tomatoes. Antes mesmo de seu lançamento, a série gerou polêmicas.
Uma reportagem da Rolling Stone no início de 2023 contou como o processo de produção foi extremamente conturbado. Ex-integrantes da equipe revelaram que a showrunner original, Amy Seimetz, foi destituída do cargo por Sam Levinson e The Weeknd por dar à série um tom feminista demais e os dois basicamente refizeram tudo do zero.
A nova abordagem incluiu múltiplas cenas de sexo com violência, algumas delas fetichizando estupro, de acordo com as fontes ouvidas pela revista na época. Mantidos em anonimato, os profissionais ouvidos definiram a trama como “fantasia de estupro” misturada com “pornografia de tortura” e destacaram que a história “deixou de ser sobre uma popstar problemática que se torna vítima de uma figura predatória da indústria do entretenimento para se tornar uma história de amor degradante, com uma mensagem vazia, que alguns membros da equipe descrevem como ofensiva”.
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