Ter um pai ou uma mãe conhecido na indústria pode trazer muitas vantagens a um artista. Em dezembro último, a New York Magazine publicou um polêmico artigo sobre o tema, explicando como os “nepo babies” (abreviação de “nepotism baby”, em português, “bebê do nepotismo”), dominam Hollywood – o que gerou revolta em personalidades como Lily Allen.
Enquanto alguns acreditam que o sobrenome não influencia na entrada no mercado, outros admitem o privilégio advindo da família. Esse é o caso da estilista Stella McCartney, filha de Paul McCartney.
Conversando com a revista Time, a designer de moda descreveu-se como uma das “primeiras nepo-babies”. Ela reconheceu a vantagem que obteve na profissão por causa do pai, sobretudo em relação aos valores seguidos.
“Como uma das primeiras nepo-babies, tive o privilégio de escolha. Estou muito ciente da sorte que tive de ser aceita para trabalhar do jeito que eu queria desde o primeiro dia.”
No caso, Stella não utiliza produtos de origem animal nas coleções que projeta, motivo pelo qual enfrentou problemas. Como destacou, certos CEOs já pediram para que ela incorporasse couro legítimo nas peças, em vez dos sintéticos, com o intuito de melhorar as vendas.
“Passei por momentos em que fui desafiada a mudar meus valores para o sucesso da empresa. Quando comecei, eu definitivamente era excluída. Mas por que eu abriria mão do que acredito para entrar em uma indústria pela qual sou apaixonada?”
Paul McCartney defende Stella McCartney
Em 1997, dois anos depois de se formar na faculdade Central St. Martins, Stella, aos 25 anos, sucedeu Karl Lagerfeld como diretora criativa da marca Chloé em Paris. À Time, o próprio Paul defendeu que apenas o sobrenome da filha não ajudaria a sustentar o alto cargo.
“Ela tinha que provar que era capaz. Eu falei: ‘se ela não se der bem na posição até o fim do ano, então o seu nome não vai ajudá-la, vai pressioná-la’. Mas ela foi bem.”
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.