...

Os melhores livros feministas na opinião de Kim Gordon

Artista se aprofundou em três obras, mas também deixou outras sugestões complementares

Além de ter feito história com o Sonic Youth e ter tocado em bandas como Free Kitten e Body/Head, Kim Gordon é proativa em uma série de outros trabalhos. Ela também escreveu ensaios, que lançou em livros como “Is It My Body?” (2014) e “This Woman’s Work” (2022). Em todas essas várias formas de mídia, frequentemente retorna ao tema das causas feministas.

Em entrevista ao Radical Reads (resgatada pelo site Far Out Magazine), a artista resolveu fazer algumas indicações de obras que se aprofundam no tema. Para começar a lista, citou uma publicação de 1856, feita por um francês.

“‘Madame Bovary’, romance de Gustave Flaubert, é um dos meus livros favoritos. A protagonista, que dá nome à história, talvez seja a primeira feminista em um registro impresso na história. Adoro esse período da literatura francesa, refletindo a vida de uma esposa entediada, presa em um casamento ‘adequado’ como forma de manter sua herança. Foi visto como a introdução do realismo e da narrativa moderna.”

- Advertisement -

Outra referência foi “Mau Comportamento” (1988), da americana Mary Gaitskill.

“Ela é uma das minhas escritoras favoritas. Sua escrita é audaciosa e detalhada. As histórias são quase anti chick-lit (expressão alusiva a romances leves e sem maior conteúdo), revelando o erotismo feminino contemporâneo.”

Elizabeth Debold também é lembrada com “Mother Daughter Revolution: From Good Girls to Great Women” (1993).

“É sobre como o feminismo falha em abordar a relação entre mães e filhas por causa de sua ênfase em fugir de casa. Lembro que o livro falava da pressão de agradar e ser perfeita em que toda mulher cai e depois projeta na filha. Nada é bom o suficiente. Nenhuma mulher pode fugir do que ela tem que fazer. Ninguém pode ser tudo — uma mãe, uma boa parceira, uma amante e ainda uma concorrente no local de trabalho.”

Kim ainda deixou sugestões complementares, sem maiores comentários. São elas:

  • Catherine Breillat (2009) – Douglas Keesey
  • Eu Amo Dick (1997) – Chris Kraus
  • Argonautas (2015) – Maggie Nelson
  • The Portable Kristeva (1997) – Julia Kristev

Kim Gordon e Sonic Youth

Atualmente com 70 anos, Kim Gordon participou de toda a existência do Sonic Youth. A banda acabou logo após a musicista ter se separado do colega de banda, Thurston Moore. O último show acontece no Brasil, em 14 de novembro de 2011, durante o festival SWU.

Durante toda sua história, o grupo foi uma das maiores referências das expressões vanguardistas, experimentais e alternativas do rock. Apesar de nunca ter alcançado o mainstream, o conjunto manteve uma leal e crescente base de fãs em suas três décadas de atividades.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioListasOs melhores livros feministas na opinião de Kim Gordon
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades