Poucos álbuns na história do rock/metal são tão execrados pelos próprios fãs de uma banda como “St. Anger” (2003). Ainda assim, uma parcela considerável de admiradores do Metallica minimamente compreendeu a proposta e a abraçou – nem que fosse de um mero ponto de vista de compreensão para com as crises internas que a banda enfrentou no período.
A nova edição da revista americana Revolver promoveu uma sessão de perguntas dos leitores respondidas por Corey Taylor. Nela, o frontman do Slipknot e artista solo deixou suas impressões sobre o disco registradas. Tudo começou quando ele foi convidado a citar um trabalho que odiou no passado, mas hoje ama.
“Em primeiro lugar, quando ‘St. Anger’ foi lançado, eu era um idiota alcoólatra furioso. Quando o ouvi, a mixagem meio que me confundiu e eu não consegui prestar atenção nas músicas. Sendo assim, meio que segui o rebanho nas críticas.”
A situação mudou graças a um dos guitarristas do Stone Sour, sua outra banda, atualmente em hiato.
“Josh Rand é fanático pelo Metallica. Ele ganhou a versão deluxe, que trazia o DVD onde eles tocavam o álbum inteiro em seu estúdio de ensaio. Assistindo, eu pude aprimorar as músicas dentro de mim. Não estava mais preso em como elas soavam. Podia ouvir o que estava acontecendo e isso imediatamente me deu uma melhor compreensão do que estava acontecendo.”
Em retrospecto, a impressão se tornou mais positiva com o passar do tempo.
“Então agora, quando ouço ‘St. Anger’’, acho que muitas das coisas são realmente boas. Há alguns bons grooves nele, coisas que considero realmente subestimadas. Quer dizer, aquela faixa-título é f*da, sabe?”
Metallica e “St. Anger”
Oitavo álbum de inéditas do Metallica, “St. Anger” foi o primeiro após a saída do baixista Jason Newsted. O produtor Bob Rock assumiu o instrumento durante as gravações, com Robert Trujillo sendo efetivado para a turnê. As sessões foram interrompidas para que o vocalista e guitarrista James Hetfield se internasse, visando tratar sua dependência química.
A sonoridade foi altamente contestada, especialmente pelo estilo de “lata” da caixa da bateria e o fato de os solos de guitarra terem sido totalmente excluídos das composições. Mesmo assim, a repercussão comercial foi positiva, com o disco chegando ao primeiro lugar em várias paradas mundiais e as vendas superando a casa de 8 milhões. No Brasil, ganhou disco de ouro.
As gravações e seus desdobramentos foram registradas e lançadas no filme “Some Kind of Monster”.
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