Foram divulgados os primeiros detalhes a respeito da morte de Sinéad O’Connor. A cantora faleceu na última quarta-feira (26), aos 56 anos.
De acordo com a polícia de Londres, na Inglaterra (via BBC), a artista foi encontrada inconscinete em sua residência. Quando as autoridades chegaram, ela foi declarada morta já no local.
Ainda segundo os policiais, o óbito não é tratado como suspeito. A causa será investigada. Um comunicado diz:
“A polícia foi chamada às 11h18 da quarta-feira, 26 de julho, para relatar uma mulher inconsciente em um endereço residencial na área SE24. Oficiais compareceram. Uma mulher de 56 anos foi declarada morta no local.”
Duas semanas antes, O’Connor disse pelas redes sociais que havia voltado para a capital inglesa após 23 anos fora. Ela se declarou “muito feliz por estar em casa”.
Seus planos futuros envolviam um novo álbum, que já estava em processo de finalização e seria disponibilizado no início de 2024, e uma turnê mundial que percorreria Estados Unidos, Europa, Austrália e Nova Zelândia. Em 2021, ela havia anunciado aposentadoria da música, mas voltou atrás.
Seu último disco, “I’m Not Bossy, I’m the Boss”, saiu em 2014. Desde então, a artista alternou entre períodos de bastante atividade na estrada, com direito a 15 shows em poucas semanas do início de 2020 (antes da pandemia estourar), e hiatos fora do palco, como quando passou os anos de 2016 e 2017 sem se apresentar ao vivo.
Sobre Sinéad O’Connor
Nascida em 8 de dezembro de 1966, em Glenageary, um subúrbio de Dublin, Irlanda, a artista ficou mundialmente conhecida por sua versão para “Nothing Compares 2 U”. A composição de Prince chegou a ser lançada com seu projeto paralelo The Family, mas só se tornou um hit na voz de Sinéad.
A faixa entrou em seu segundo álbum de estúdio, “I Do Not Want What I Haven’t Got” (1990), que também se tornou o mais popular de sua carreira. Antes, ela já havia conquistado certa repercussão na Europa com o disco “The Lion and the Cobra” (1987).
Ativista pelo direito das mulheres, Sinéad O’Connor também manifestou opiniões fortes contra abuso infantil e em favor dos direitos humanos ao longo de sua carreira. Também foi crítica à Igreja Católica, com direito a rasgar uma foto do papa João Paulo II durante apresentação no programa de TV “Saturday Night Live”, em 1992.
Sinéad O’Connor também lidou com problemas de saúde mental. Diagnosticada com transtorno bipolar, falou sobre depressão e outros temas relacionados abertamente em entrevistas ao longo dos anos.
A artista deixa três filhos e um neto. Outro de seus filhos, Shane, faleceu ano passado aos 17 anos de idade.
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