Johnny Cash teve sua carreira e vida pessoal, sobretudo o relacionamento com June Carter, exploradas na cinebiografia de 2005 “Walk the Line” (no Brasil, “Johnny & June”, dirigida por James Mangold. Joaquin Phoenix (“Coringa”) ficou responsável por interpretar o saudoso cantor, falecido em 2003, no filme.
Originalmente, outro ator foi cotado para o papel principal: Russell Crowe. Conhecido pela atuação em longas como “Gladiador” (2000) e “Robin Hood” (2010), o artista em questão recusou a proposta de dar vida a Johnny Cash nas telonas.
Durante recente coletiva de imprensa no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary (via Far Out Magazine), ele explicou o porquê. O motivo residiu na relação “sagrada” de Crowe, que também canta, com a música.
“Eu amo Johnny Cash. Mas achei que era uma espécie de trapaça. Pensei: ‘ok, coisas como indicações ao Grammy vão vir com esse filme’. Mas a música para mim é tão pessoal que eu não queria que esse tipo de coisa acontecesse porque eu estava fingindo ser outra pessoa. É para isso que serve a atuação. Porém sendo egoísta, em relação à música, é apenas sobre as minhas canções. Minhas razões parecem muito insignificantes e insuficientes porque eu teria me divertido muito nesse filme”.
Russell Crowe na música
Na década de 1990, o ator, juntamente de outros amigos, integrou a banda 30 Odd Foot of Grunts como vocalista. O grupo ficou ativo sob tal nome até 2005, quando dissolveu-se e virou o The Ordinary Fear of God. Em 2006, com a colaboração de Alan Doyle (ex-integrante da Great Big Sea), lançaram o álbum “My Hand, My Heart”.
Doyle e Crowe continuaram a parceria após o trabalho. Anos depois, em 2011, disponibilizaram em conjunto o disco “The Crowe/Doyle Songbook Vol III”. Então, em 2017, ambos criaram um novo projeto, Indoor Garden Party, que, no último mês de maio, soltou o single “Let Your Light Shine”, com participação de Marcia Hines.
Sobre Johnny Cash
Nascido em Kingsland, Arkansas, Johnny Cash despontou para a fama na cena de Memphis, Tennessee. Abordou vários estilos, como o country, rock, rockabilly, blues, folk e gospel. Vendeu mais de 90 milhões de discos durante a carreira. Teve como maior parceira musical sua segunda esposa e colaboradora June Carter Cash.
Foi um ativista pelos direitos humanos, engajado em causas a favor do povo indígena e presidiários. Seu trabalho foi reconhecido por instituições como o Fundo Nacional Judeu e as Nações Unidas.
É um dos únicos músicos a integrar o Rock and Roll Hall of Fame e o Country Hall of Fame, junto de Elvis Presley. Também faz parte do Gospel Music Hall of Fame.
Morreu em 12 de setembro de 2003, de complicações causadas pelo diabetes, quatro meses após a partida de June.
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