A sonoridade do álbum “St. Anger” (2003) foi altamente contestada por fãs do Metallica e crítica especializada, especialmente pela sonoridade de lata da caixa da bateria e o fato de os solos de guitarra terem sido totalmente excluídos das composições.
Duas décadas mais tarde, a banda consegue tirar sarro da situação. Em recente apresentação, James Hetfield pediu que Lars Ulrich “parasse com a tortura” quando o colega bateu em seu instrumento para mostrar que ele precisava ser ajustado.
“Oh, Deus. Olha aí o ‘St. Anger’ de volta. Por favor! Chega de tortura.”
O guitarrista Kirk Hammett ainda chega a tocar o riff da faixa-título do disco. O momento pode ser conferido no player abaixo.
Vale citar que em 2020, durante entrevista ao Tone Talk, Lars defendeu as escolhas feitas durante a produção do trabalho.
“Eu apoio cem por cento o que fizemos porque, naquele momento, essa era a verdade. Eu compreendo ‘St. Anger’. Há muita energia bruta incrível nele. Mas a coisa da caixa foi momento impulsivo. James estava tocando um riff na sala de controle do estúdio e eu saí correndo para colocar uma batida. A caixa não estava pronta e o som saiu daquele jeito. Achamos que soou legal e fomos daquele jeito até o fim.”
Metallica e “St. Anger”
Lançado em 6 de junho de 2003, “St. Anger” é o oitavo álbum de estúdio do Metallica. Foi o primeiro após a saída do baixista Jason Newsted. O produtor Bob Rock assumiu o instrumento durante as gravações, com Robert Trujillo sendo efetivado para a turnê. As gravações foram interrompidas para que o vocalista e guitarrista James Hetfield se internasse, visando tratar sua dependência química.
Mesmo com todos os problemas e percalços, a repercussão comercial foi positiva, com o disco chegando ao primeiro lugar em várias paradas mundiais e as vendas superando a casa de 8 milhões. No Brasil, ganhou disco de ouro. As sessões – e seus desdobramentos – foram registradas e lançadas no filme “Some Kind Of Monster”.
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