Formado após a desintegração do Black Summer Crush, o Rival Sons está na ativa desde 2009. No início de sua jornada pela música, a banda recebeu um importante conselho de Rob Halford, vocalista do Judas Priest.
Durante os shows da turnê “Epitaph” realizados no Reino Unido, em julho de 2011, o grupo apresentou-se como ato de abertura do Priest. Segundo o vocalista Jay Buchanan, em entrevista ao programa TheSDRShow (via Rock Celebrities), o veterano frontman aproveitou a oportunidade para dar uma única orientação específica aos jovens.
“Ele veio até os bastidores e deu um único conselho. Ele adorava o que a banda estava fazendo e disse: ‘Sim, eu lembro de fazer exatamente o que vocês estão fazendo, de todo mundo estar amontoado em uma van, de estar extremamente cansado e sujo e de estar apenas esperando para tocar. A única coisa que vocês realmente precisam fazer é ficar juntos. Se vocês ficarem juntos, vocês vão conseguir’.”
Em um bate-papo anterior à revista Myglobalmind, o guitarrista Scott Holiday também relembrou a importância do momento.
“Eu estava dando uma entrevista com Jay e ele me lembrou da primeira turnê que fizemos no Reino Unido abrindo para o Judas Priest. Rob Halford foi muito gentil conosco, ele sabia que estávamos fazendo algo completamente diferente do que eles faziam. Ele foi até os bastidores para conversar com a gente e nos deu um conselho: ‘fiquem juntos, a banda é muito boa e se vocês conseguirem ficar juntos, serão bem-sucedidos’. É um ótimo conselho, não há receita mágica, mas estar em uma banda é como um relacionamento, um casamento. Dividimos ônibus de turnê, dividimos o palco todas as noites, assim como qualquer relacionamento pessoal ou próximo.”
Dá para dizer que eles estão seguindo o conselho. O grupo segue em atividade com Buchanan e Holiday, além do baterista Mike Miley, todos na formação desde o início. A única mudança se deu em 2013, quando o baixista original Robin Everhart saiu e deu lugar para Dave Beste, presente a partir de então.
Rival Sons recentemente
No início de junho, o Rival Sons disponibilizou o álbum “Darkfighter” – inicialmente programado para sair em 10 de março. A banda também confirmou o lançamento de outro disco, “Lightbringer”, para este ano, em data a ser confirmada. A Atlantic Records está responsável pela distribuição de ambos.
Os sucessores de “Feral Roots” (2019) foram produzidos pelo parceiro de longa data da banda, Dave Cobb. Em material promocional, o vocalista Jay Buchanan falou sobre a audaciosa decisão do grupo para 2023 e a influência que a pandemia teve.
“Em comparação com nossos discos anteriores, certamente gastamos mais tempo escrevendo e gravando esta coleção. Quando partimos para o estúdio, a intenção era principalmente cavar o mais fundo possível. Mesmo no início, antes de o corpo de trabalho se formar, concordamos em jogar o mapa fora e abrir caminho pela floresta para fazer um novo caminho. Então, o lockdown aconteceu e parecia que todo o maldito país decidiu jogar o mapa fora também.”
O frontman ainda ressaltou que os álbuns retratam dois momentos diferentes do processo de readaptação ao mundo.
“Para mim, 2022 foi como um foguete de oito estágios de eventos que mudaram minha vida. Toda vez que eu pensava ter terminado de escrever, um novo touro vinha rasgando o varal e eu tinha que ilustrá-lo de alguma forma. No final, havia realmente dois lados diferentes da mesma história sendo contada. Por um lado, você está lutando contra a escuridão e, por outro, está trazendo sua própria luz para onde não há. Um lado em um canto, nas cordas, e o outro avançando, limpando o ringue. Sem um intervalo, um período refratário, a coleta seria grande demais. Então, dividi-la em duas era a única maneira de fazer isso.”
Em resenha para o site, o colaborador João Renato Alves destaca sobre “Darkfighter”:
“Talvez ‘Darkfighter’ não seja tão espetacular quanto ‘Feral Roots’ ou até mesmo os trabalhos anteriores. Não é um demérito, já que estamos diante de uma das grandes bandas de rock surgidas no século atual. De qualquer modo, se trata de um álbum digno de dar prosseguimento à carreira do Rival Sons, com alguns momentos memoráveis.”
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