Apesar de estar seguindo com projetos como o Dieth, The Lucid, Ellefson-Soto e Kings of Thrash, o baixista David Ellefson sempre terá a carreira atrelada ao Megadeth. Até por isso, ele entende que merecia ter sido tratado de maneira mais justa quando no episódio de sua demissão, ocorrida em 2021 após o vazamento de vídeos íntimos online.
Em entrevista à Metal Edge, o músico foi convidado a refletir sobre a situação que levou à sua segunda saída do grupo. E concluiu que faltou mais compreensão em relação aos fatos que fizeram Dave Mustaine optar pela mudança.
“Acho que foi desnecessário. E sem dúvida foi feito com despeito e amargura, o que eu não merecia. Considerando tudo o que fiz pelo Megadeth e tudo o que tolerei ao longo dos anos, diria que a coisa toda foi injusta. E certamente a transição não se deu como discutimos. O que aconteceu veio cegamente, do nada. Então, eu basicamente tinha a opção de aceitar ou retaliar, o que me foi dado licença gratuita para fazer. Minha equipe disse: ‘Ei, se você quer enfrentar esse cara, vá em frente. Nunca vimos algo tão antiético em todos os níveis. Faça o que você precisa fazer.’ Mas eu disse: ‘Não. Vou apenas esperar, deixar as coisas se resolverem e que a música fale.’”
Ellefson também entende que Mustaine se ressente do fato de ele estar fazendo outros projetos, onde pode deixar sua criatividade fluir.
“Ele odeia a ideia de eu ter sucesso fora dessa arena. Porque agora sou eu quem ajuda a criar a música, tomar as decisões e, basicamente, comandar as ações. Não era assim no Megadeth, acho que muitas pessoas já sabem. Os fãs amam aquela banda por causa da música que criamos juntos. Elas permanecerão vivas para sempre, apesar de todas as coisas que aconteceram nos bastidores. Então, quando tudo isso aconteceu, eu apenas disse: ‘Temos um grande legado, mas acabou agora. Você quer um tiroteio ou deixar a música falar por si?’ Escolhi a segunda opção. Estou bastante convencido de que as coisas que lancei desde que deixei o Megadeth são tão boas ou melhores do que qualquer coisa que eles fizeram recentemente.”
Qualidade em queda
Em relação à última frase, David Ellefson vai além e critica a fase atual do Megadeth.
“Eu vi a qualidade do Megadeth cair nos últimos cinco anos, o que foi muito frustrante. Trazia ideias para a mesa e tentava contornar a situação, mas elas eram descartadas. Foi muito agressivo e frustrante ser intencionalmente diminuído ou removido do processo. Então, eu disse: ‘Ok, entendo o que está acontecendo aqui.’ Um velho ditado diz: ‘Crianças que não compartilham seus brinquedos não têm amigos.’ Então, apenas peguei meus brinquedos e fui brincar com outra pessoa. É algo simples, que você aprende no jardim de infância, mas não tanto naquela banda.”
David Ellefson nos últimos álbuns do Megadeth
David Ellefson não recebeu créditos como compositor nos últimos dois álbuns do Megadeth. O guitarrista brasileiro Kiko Loureiro assinou 3 músicas em “Dystopia” (2016). No disco mais recente, “The Sick, the Dying… and the Dead!” (2022), teve o número ampliado para 8 das 12 faixas autorais do tracklist convencional.
Mesmo o baterista Dirk Verbeuren, mais novo integrante da banda, colocou o nome em 2 composições do último play. Dave Mustaine assinou sozinho 3 canções: a que dá título ao trabalho, “Junkie” e “Soldier On!”.
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