Você pode ter lido o título e pensado: “É claro que John Lennon teve uma vida trágica, ele foi assassinado”. Porém, a percepção de seu maior parceiro musical vai muito além do óbvio. Até porque ele presenciou o início da vida adulta de alguém que já havia passado por uma série de problemas àquela altura.
Durante bate-papo com Conan O’Brien no Tribeca Film Festival (transcrito pelo site Far Out Magazine), Paul McCartney falou sobre o significado pessoal dos registros contidos em “1964: Eyes of the Storm”. O título quase épico da coleção transformada em evento esconde uma série de significados para o autor dos registros fotográficos.
“É tão bom para mim ver essas memórias e apenas me lembrar de onde estávamos, o que fizemos naqueles dias. O que amo nessas fotos é a inocência. Realmente queríamos ser famosos, mas não sabíamos o que aconteceria.”
Quando O’Brien destacou sentir Lennon ansioso e vulnerável, Macca opinou:
“Não sei quanto à ansiedade, mas a vulnerabilidade é real. John teve uma vida trágica. Quando criança, sua mãe foi afastada por não a considerarem boa o suficiente para criá-lo… Seu pai havia saído de casa quando ele tinha três anos. Então, isso não é nada maravilhoso. John cresceu com esse tipo de pequenas tragédias ao longo de sua vida… Isso me fez perceber essa vulnerabilidade. Sempre admirei a forma como ele lidou com isso. Não tenho certeza se eu assimilaria tão bem com as coisas pelas quais ele passou.”
A exposição e livro “1964: Eyes of the Storm” possui uma coleção de 275 fotos, muitas das quais não haviam sido divulgadas até agora. Elas foram tiradas entre 1963 e 64, durante a ascensão meteórica dos Beatles ao estrelato global. Durante muito tempo, Paul McCartney temeu que as fotos estivessem perdidas até que a arquivista Sarah Brown as recuperou.
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