O GAYC/DC, normalmente uma banda tributo ao AC/DC de Los Angeles, fugiu um pouco de seu conceito por uma boa causa. O grupo regravou a canção “Hold Your Head Up”, hit de 1972 do Argent, para servir de hino para a comunidade LGBTQIA+.
O produtor da faixa, Timothy Eaton, explicou (via Classic Rock) que a inspiração foi uma tragédia.
“Há sete meses, meia noite de um domingo, eu recebi uma ligação de um amigo fotógrafo, Ward Boult, que sugeriu eu contatar a banda GAYC/DC, porque ele achava que eu seria o produtor perfeito para eles. Ele finalizou a ligação dizendo que me amava e eu disse que o sentimento era recíproco. Algumas horas depois, eu recebi uma ligação de um detetive em Nashville me informando que Ward havia cometido suicídio e eu era a última ligação no telefone dele.”
O vocalista Christopher Freeman falou que, apesar da tragédia, Eaton foi a um dos shows do grupo, ficou cativado e pediu uma reunião. Ele disse:
“Ele propôs uma ideia que ele teve de criar um clipe em torno de um hit antigo do Argent, do início dos anos 1970, chamado ‘Hold Your Head Up’, mas colocando em um novo contexto: um clipe sobre bullying. Tudo iria promover uma ONG do mesmo nome criada para financiar programas de combate a bullying e violência contra a comunidade LGBTQIA+, como Inside Out Youth Services em Colorado Springs.”
Sobre o cover em si, o guitarrista Steven McKnight falou:
“Essa é uma mensagem de poder – tomar de volta e se levantar com o queixo erguido. Ser esfaqueado, espancado, humilhado, atacado, ostracizado… muitos tentaram tirar minha homossexualidade na porrada – e sabe o que mais? Não adiantou.”
Enquanto isso, o baterista Brian Welch comentou:
“Essa canção, assim como o clipe lindo, é uma jornada e assim como o cenário atual para a comunidade LGBTQIA+, a parte assustadora vai passar e esperança apareerá. Nós passamos por essa estrada antes, e sabemos que amor sempre vence.”
Confira abaixo o clipe de “Hold Your Head Up” na versão do GAYC/DC:
Sobre o GAYC/DC
De acordo com o site oficial, o GAYC/DC foi fundado em 2013 por Chris Freeman, baixista da banda punk queer Pansy Division. Aqui, ele fica a cargo dos vocais. Os integrantes se definem como “o primeiro e único tributo totalmente gay à música do AC/DC”. O texto explica:
“A ideia do GAYC/DC veio enquanto eram cogitados nomes para mais bandas de tributo com membros gays depois que Chris tocou com o Gay Gay’s (tributo gay ao The Go-Go’s) por mais de uma década. Depois que o Gay Gay’s entrou em hiato, Freeman seguiu em frente com a formação de uma banda que poderia ser tão boa quanto o AC/DC.”
Convocado para a guitarra solo, Steve McKnight faz parte da cena musical de Los Angeles desde o final dos anos 80 por conta do grupo de hard rock melódico Cry Wolf. Clint Yeager (guitarra base), Brian Welch (bateria) e Glen Pavan (baixo) completam a formação. A biografia no site complementa:
“A banda se mantém fiel à música (trabalhando diligentemente para reproduzir o som real do AC/DC) enquanto brinca com as letras e muda os pronomes para se adequar ao ângulo gay. Consequentemente, ‘TNT’ se torna ‘PNP’ (uma música sobre o status ‘party-n-play’ que alguns gays postam em seus anúncios de sexo online), ‘Bad Boy Boogie’ se torna ‘Gay Boy Boogie’ e ‘Big Balls’… sem mudar nada!”
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