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Por que Derek and the Dominos era banda de “faz de conta”, segundo Eric Clapton

Grupo lançou apenas um álbum de estúdio e fez poucas aparições públicas durante sua curta existência

O Derek and the Dominos foi, basicamente, o início da carreira solo de Eric Clapton. Para tal, o guitarrista e vocalista montou um supergrupo ao seu redor, contando com o baixista Carl Radle, o baterista Jim Gordon e o tecladista/vocalista Bobby Whitlock.

O guitarrista Duane Allman se juntou ao projeto durante as gravações do seu único disco, participando de 10 das 14 faixas. O encontro foi promovido por acaso, graças ao produtor Tom Dowd, que trabalhava ao mesmo tempo com a The Allman Brothers Band no álbum “Idlewild South” (1970).

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Porém, de acordo com o dono da empreitada, a coisa durou exatamente o tempo que deveria ter durado. Durante entrevista de 1985, resgatada pelo site Far Out Magazine, Clapton declarou:

“Éramos uma banda de faz de conta. Estávamos todos escondidos dentro dela. Então, não poderia durar muito mais. Eu tive que sair e admitir que estava sendo eu. Quero dizer, ser Derek era um disfarce para o fato de que eu estava tentando roubar a esposa de outra pessoa. Essa foi uma das razões para fazer isso, para que eu pudesse escrever a música e até usar outro nome para Pattie. Então Derek e Layla – não era real.”

Outro fator preponderante, de acordo com Bobby Whitlock, foi o estilo de vida dos envolvidos.

“Não tínhamos um pouquinho de droga. Não havia gramas por perto, vamos colocar assim. Eram grandes sacolas espalhadas por toda parte do estúdio. Tenho quase vergonha de contar, mas é a verdade. Era assustador o que estávamos fazendo, mas éramos apenas jovens burros e não sabíamos. Cocaína, heroína e Johnny Walker o tempo todo.”

Derek and the Dominos e “Layla and Other Assorted Love Songs”

Apesar de não ter alcançado boas posições nas paradas à época do lançamento, “Layla and Other Assorted Love Songs” (1970) obteve reconhecimento com o passar do tempo e o sucesso de seu protagonista, ultrapassando 4 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Maior sucesso, “Layla” foi inspirada no romance persa Laila e Manjum, escrito pelo poeta Qays Ibn Al-Mulawwah. Abordava o amor inicialmente não-correspondido de Clapton por Pattie Boyd, então esposa de seu amigo George Harrison. Os dois acabariam se casando posteriormente.

Além das composições próprias, o tracklist contava com versões para músicas de Jimmy Cox, Charles Segar & Willie Broonzy, Bill Myles, Chuck Willis e Jimi Hendrix.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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