Já diz o velho e conhecido ditado, “amigos, amigos, negócios à parte”. Dave Mustaine compreende isso e recomenda que você não inclua relações afetivas no trabalho.
Em entrevista ao Jeremy White Podcast (transcrita pelo Ultimate Guitar), o líder do Megadeth refletiu sobre o tema. De acordo com o vocalista e guitarrista, envolver amizades em um processo que pode ter uma série de rompimentos pode acabar se tornando um percalço decisivo no caminho rumo ao sucesso.
“Você forma uma banda com quatro pessoas. São caras que tocam música, não significa que sejam músicos. Então, você faz algumas mudanças. E agora, de repente, você tem quatro músicos em sua banda, ela começa a se destacar e se torna uma estrela. E você está feliz com isso. E você percebe que o talento é realmente um componente necessário.
Então, se você está lidando com seus amigos e eles estão na banda, vai ser muito difícil dizer ‘eu preciso deixar você ir’. Porque você vai perder tanto aquele membro da sua banda quanto uma amizade. Porque quando você contrata amigos, você sabe que em algum momento vai perdê-los. Você vai ter que demiti-los.”
Se for parente então, pior.
“É ainda pior quando você contrata e demite sua família. Você pode ter que mandar alguém embora e ver a família desmoronar.”
Dave Mustaine e o “mercado da música”
Na mesma conversa, Mustaine destacou que não existe mais o mercado da música, apenas o mercado.
“Uma das coisas que aconteceu com o metal em 1992 foi que se tornou muito popular. E então as pessoas começaram a ganhar dinheiro com ele. Hoje mudou porque o mercado da música costumava ser uma coisa só, certo? A partir de então virou duas. Nós éramos a música e eles eram o negócio. Até que o lado business começou a assumir o controle. E os empresários se tornaram as pessoas que dirigiam a música. Não o artista. Não estávamos mais no controle. Não importava quem éramos.”
Megadeth atualmente
O Megadeth tem uma turnê europeia marcada para iniciar no mês de julho. A banda fará shows próprios, além de se apresentar em alguns dos festivais de verão do continente.
Disponibilizado em setembro do ano passado, o álbum mais recente, “The Sick, the Dying… and the Dead!”, chegou ao 3º lugar na Billboard 200. Foram 48 mil cópias vendidas nos Estados Unidos em sua semana de lançamento.
Foi o segundo trabalho de estúdio com o guitarrista Kiko Loureiro e o primeiro com o baterista Dirk Verbeuren. O baixo foi gravado por Steve DiGiorgio, após a demissão de David Ellefson. James Lomenzo reassumiu a função para a turnê.
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