Pensar em contribuições de Tom Hamilton à música do Aerosmith é lembrar quase que automaticamente de “Sweet Emotion”. Originalmente presente no álbum “Toys in the Attic” (1975), a composição se tornou um dos maiores clássicos do grupo, especialmente querida pelos adeptos de sua primeira era de sucesso.
Durante entrevista à Guitar World, o baixista recordou a inspiração para criá-la. E revelou ter sido o principal artífice da parte instrumental.
“Escrevi praticamente todas as partes do baixo e da guitarra. Mostrei pela primeira vez a Steven (Tyler, vocalista) ainda nas sessões do disco anterior, ‘Get Your Wings’. Mas ele não conseguiu entender o que eu estava propondo naquele momento. O riff do meio, que vai e vem entre os versos, foi inspirado em ‘Rough and Ready’, de Jeff Beck.”
Quem acompanha a carreira do Aerosmith sabe que as drogas tiveram bastante influência no processo criativo passado. Tom não nega que criou “Sweet Emotion” em um momento desses.
“Eu usei de tudo, mas a maconha era realmente a minha coisa. Houve um tempo em que tive algumas ideias musicais muito boas sob influência dela. Provavelmente fumei um pouco antes de escrever ‘Sweet Emotion’. Mas com o tempo tive que parar, porque eu basicamente não conseguia mais terminar uma frase sequer.”
Além das questões de saúde, Hamilton entende que a criatividade precisa se desprender do vício, ou sua confiança vai embora.
“Há um período pelo qual você precisa passar em que restabelece a fé em sua própria criatividade – onde você percebe que não precisa de ajuda. O efeito libera, mas você tem que entender que a criatividade já existe – você só precisa ter fé nela.”
Aerosmith e “Sweet Emotion”
“Sweet Emotion” foi o primeiro single do Aerosmith a entrar no Top 40 dos Estados Unidos – apesar de constar no disco de estreia, “Dream On” só estourou para valer posteriormente – atingindo o 36º lugar.
A letra, escrita por Steven Tyler, lida com as dificuldades de relacionamento entre a banda e Elyssa, primeira esposa do guitarrista Joe Perry. Os desentendimentos teriam influência decisiva no rompimento do grupo, ocorrido no final dos anos 1970 e que se estenderam até a metade da década seguinte.
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