Tobias Forge compara estigma do rock e metal ao dos filmes de terror no Oscar

Líder do Ghost acredita que, para certa parcela da sociedade, o rock "não é tão sofisticado quanto outras coisas"

Para Tobias Forge, os filmes de terror, o rock e o metal têm uma coisa não muito boa em comum. Na opinião do líder do Ghost, as músicas e os longas-metragens do tipo são, de certa forma, “menosprezados” pela sociedade.

Em entrevista à NME em fevereiro, Joe Elliott, vocalista do Def Leppard, e Forge deram seus pontos de vista sobre o atual momento do rock.

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Segundo Elliot, não houve um ressurgimento da cena de fato, porque os fãs nunca deixaram de acompanhar. Ainda assim, o gênero sofre constantes mudanças e picos de popularidade.

“Estou na Cidade do México, onde o Def Leppard acabou de tocar para 56 mil pessoas. O Ghost está tocando para grandes multidões também. Metal, pop rock, soft rock, hard rock ou o que quer que seja, nunca desapareceu aos olhos dos fãs. Mas vai e vem. Não estava grande nos anos 1980 até que nós e o Bon Jovi viemos e demos um empurrão. Então virou underground novamente, antes de se transformar em grunge, depois emo. Quem sabe o que vem a seguir.”

Então, Tobias trouxe outro lado da moeda. Como explicou, há certo estigma do rock e do metal, semelhante ao que acontece com filmes de terror blockbusters. Por mais que seja difícil lidar com tal “descrédito”, de acordo com o vocalista e multi-instrumentista, ainda é possível ter uma carreira bem-sucedida.

“Há filmes de terror de grande sucesso que nunca seriam considerados para um Oscar porque são filmes de terror, então automaticamente são vistos como não tão bons. Isso pode mudar com o tempo, mas esse é o estigma que o metal e o rock ainda têm. São vistos como não sendo tão sofisticados quanto outras coisas. Você não pode argumentar contra isso, mas ainda pode vender discos, ficar popular nos streamings, vender ingressos dos shows. Você não precisa tocar durante o dia na rádio para ter sucesso.”

Ghost no Brasil

O Ghost virá ao Brasil em setembro para dois shows em São Paulo, no Espaço Unimed. No momento, há apenas ingressos do tipo “pista inteira” no site da Live Pass para a data extra, no dia 20 de setembro, uma quarta-feira.

As apresentações em território nacional fazem parte da turnê “Re-Imperatour”, que promove o álbum “Impera”, lançado em março do ano passado. Será a quarta viagem do grupo sueco comandado por Tobias Forge ao país. Eles estiveram por aqui anteriormente em 2013, 2014 e 2017.

Para ambos os shows, a Crypta foi escalada como atração de abertura. A banda brasileira de death metal é formada por Fernanda Lira (voz e baixo), Luana Dametto (bateria), Tainá Bergamaschi (guitarra) e Jéssica di Falchi (guitarra) e divulga atualmente o álbum “Echoes of the Soul” (2021).

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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