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Morrissey não é um cretino como dizem, afirma Ian Anderson

Líder do Jethro Tull revelou ter lido a autobiografia do eterno vocalista do The Smiths e ainda elegeu um disco do cantor como um de seus favoritos

Morrissey é uma figura um tanto quanto polêmica. Nos últimos anos, o eterno vocalista do The Smiths apoiou políticas de extrema direita (como as do partido conservador For Britain), realizou declarações controversas (afirmando, por exemplo, que Hitler era de esquerda) e desprezou o distanciamento social e o uso de máscaras no início da pandemia. Fora as situações em cima do palco, como a ocasião em que abandonou um show simplesmente por estar frio.

Para Ian Anderson, no entanto, o cantor não é um cretino como dizem. Em entrevista à revista Spin, o líder do Jethro Tull disse ter lido a autobiografia de Morrissey, publicada em 2013, e ficado impressionado com o senso artístico do britânico.

“Eu não conhecia Morrissey até pouco tempo atrás, quando li alguns comentários polêmicos sobre ele veiculados na mídia. Depois de ouvir algumas músicas, comprei sua autobiografia, em que ele revela os traumas e problemas da infância, seus primeiros dias no The Smiths e até coisas de um passado mais recente. Suas canções têm uma elegância real e são construídas em torno de melodias acessíveis e minimalistas.”

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Anderson nomeou Morrissey como um dos artistas que mais está ouvindo atualmente e citou a compilação “The Best of Morrissey” (2001) como um dos discos que não consegue viver sem. Em sua opinião, um dos diferenciais presentes no trabalho do antigo integrante do The Smiths são as letras.

“Ele cria letras poéticas e perspicazes e não é tão cretino quanto as pessoas fazem parecer ser. Na verdade, ele é meio humorista. Trabalha com grandes músicos do gênero e parece estar se divertindo no palco. Geralmente, gosto de comprar coletâneas, pois elas servem como uma boa introdução para artistas de todos os tempos e de todos os estilos musicais.”

Os outros discos na playlist de Ian Anderson

“The Messiah”, de George Frideric Handel; “Come Out Fighting Ghengis Smith”, de Roy Harper; “No End in Sight: The Very Best of Foreigner”, do Foreigner; e “Poor Man’s Heaven”, de Seth Lakeman, foram outros álbuns mencionados pelo músico do Jethro Tull. Durante o bate-papo, Ian também falou da própria carreira, revelando estar animado para lançar um projeto específico em 2024 e visitar vários países em turnê.

O Brasil está na rota. Sua banda confirmou três apresentações no país para abril do ano que vem. Mais informações aqui.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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