Na lista dos grandes produtores do rock, Mike Clink certamente ocupa um lugar de destaque. Após iniciar sua trajetória na indústria musical como engenheiro de som, Clink se aventurou como produtor a partir de 1986. Em sua estreia, produziu “Appetite for Destruction” (1987), álbum que consagrou o Guns N’ Roses como um dos maiores nomes do hard rock.
A parceria bem-sucedida se estendeu até 1993, ano em que saiu “The Spaghetti Incident?”, o último trabalho antes da banda se desintegrar. Em entrevista à Guitar World, Gilby Clarke, guitarrista do grupo entre 1991 e 1994, comentou a colaboração com Clink e apontou o motivo que fez do produtor a pessoa ideal naquele período.
“O diferencial de Mike é a honestidade. Com o sucesso do Guns N’ Roses naquela época, muita gente poderia se sentir intimidada. Mike não se intimidou. Cada pessoa na banda respeitava a opinião de Mike, então se ele achava que era uma boa gravação ou que você poderia fazer melhor, você confiava nisso.”
Para além da colaboração com o Guns N’ Roses, Clink trabalhou com nomes como Megadeth, Metallica (como engenheiro de som) e Mötley Crüe. Em entrevista recuperada pelo site Night Train Station, o produtor revelou sua postura perante os pequenos conflitos das bandas e qual estratégia adotava para executar sua função sem interferências.
“Um produtor precisa se tornar um mediador, se necessário. Uma banda pode ser uma colaboração muito frágil dentro de si mesma. Pode haver conflitos entre o guitarrista e o vocalista, ou entre o baixista e o baterista. Um produtor precisa ser capaz de lidar com todas essas questões sem tomar partido, precisa ajudar a realizar o projeto com mais facilidade.”
Slash e Mike Clink
Em 1994, Mike Clink produziu “It’s Five O’Clock Somewhere” (1995), primeiro álbum do Slash’s Snakepit, projeto solo de Slash. Na entrevista recuperada pelo Night Train Station, o produtor comentou sua relação com o guitarrista e o clima por trás do projeto.
“Slash e eu temos respeito um pelo outro. Ele entende que eu tenho o melhor interesse e sabia que, se me trouxesse para este projeto, seria algo de qualidade. Nós realmente nos divertimos trabalhando juntos e nunca surgiram problemas. Recebi um feedback tão positivo de pessoas em todo o país que acham que esta é uma oportunidade muito emocionante para muitos músicos. É como se você estivesse fechando um contrato com uma grande gravadora.”
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