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Como o Dream Theater sobreviveu por décadas sem sucesso comercial, segundo John Petrucci

Guitarrista explica que uma atitude específica foi essencial para manter a banda nos eixos e reunir uma base de fãs

Na ativa desde a segunda metade da década de 1980, o Dream Theater nunca conseguiu fazer sucesso comercial de fato. Apenas uma de suas músicas, “Pull Me Under”, conseguiu entrar na parada americana de singles – e a situação não é muito diferente disso no resto do mundo. Eles mesmos sabem disso, tanto que brincaram com a situação no título da coletânea de 2008 “Greatest Hit (…And 21 Other Pretty Cool Songs)” (em tradução livre, “Grande hit (…e outras 21 músicas bem legais)”).

Apesar disso, o grupo conseguiu se manter unido e, além de respeitado, tornou-se rentável dentro de seu próprio nicho do metal progiressvo. Em entrevista a Ola Englund (transcrita pela Utimate Guitar), John Petrucci buscou uma explicação para esta longevidade. De acordo com o guitarrista, a solução encontrada para driblar a falta de destaque nas paradas musicais foi realizar muitos shows, sobretudo internacionalmente.

“Temos sido muito consistentes. Nós realmente não fizemos turnê no nosso primeiro álbum, mas desde que lançamos ‘Images and Words’ (1992), fizemos turnês em nível internacional, o que foi realmente inteligente na época, porque nem todas as bandas estavam fazendo isso. Nós realmente não conseguimos confiar no sucesso comercial. Tivemos um pouco disso com ‘Pull Me Under’, mas a maneira como sobrevivemos foi com shows ao vivo.”

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Para ele, excursionar pelo mundo – incluindo pela América do Sul – solidificou o público da banda. Por isso, até hoje, o grupo prioriza as apresentações ao vivo como principal forma de divulgar o seu trabalho. 

“Começamos a fazer turnês na Europa, na América do Sul e na Ásia. E isso realmente firmou nossa base de fãs em todo o mundo. E por termos feito isso, quando começamos a criar o ‘Awake’ (1994), pensamos ‘ok, esse disco está saindo, vamos sair em turnê, divulgar e torná-lo maior ao vivo. Ok, acabou e vamos fazer o próximo’. Tem sido algo consistente desde então.”

Dream Theater no mainstream?

No ano passado, o Dream Theater levou para a casa o seu primeiro Grammy – de Melhor Performance de Metal – com a música “The Alien”, single do álbum “A View From The Top Of The World” (2021). O mesmo disco também conseguiu figurar entre as dez primeiras posições das paradas de diversos países.

Diante da recepção positiva, em conversa com a revista japonesa Metropolis, John Petrucci respondeu por que acha que a banda ganhou, de certa forma, “mais atenção” recentemente. 

“Por perseverança [risos]. É isso. Eu acho que quando começamos, realmente não tocávamos metal progressivo, não era um gênero de fato, estava começando a surgir com algumas bandas. Mas avançando rapidamente para hoje e tendo 15 álbuns em nossa carreira, o gênero realmente se expandiu e explodiu. E eu acho que agora está mais em primeiro plano na cabeça das pessoas, não é mais um gênero nichado. Mas nós trabalhamos muito duro, desde que começamos a excursionar em 1992 ou quando quer que fosse o ano. E então eu acho que é sobre apenas chegar lá e trabalhar duro e não descansar, sempre fazendo nosso melhor trabalho quando criamos um novo disco e apresentamos um show ao vivo para as pessoas.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Apesar disso, o grupo conseguiu se manter unido e, além de respeitado, tornou-se rentável dentro de seu próprio nicho do metal progiressvo. Em entrevista a Ola Englund (transcrita pela Utimate Guitar), John Petrucci buscou uma explicação para esta longevidade. De acordo com o guitarrista, a solução encontrada para driblar a falta de destaque nas paradas musicais foi realizar muitos shows, sobretudo internacionalmente.

“Temos sido muito consistentes. Nós realmente não fizemos turnê no nosso primeiro álbum, mas desde que lançamos ‘Images and Words’ (1992), fizemos turnês em nível internacional, o que foi realmente inteligente na época, porque nem todas as bandas estavam fazendo isso. Nós realmente não conseguimos confiar no sucesso comercial. Tivemos um pouco disso com ‘Pull Me Under’, mas a maneira como sobrevivemos foi com shows ao vivo.”

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“Começamos a fazer turnês na Europa, na América do Sul e na Ásia. E isso realmente firmou nossa base de fãs em todo o mundo. E por termos feito isso, quando começamos a criar o ‘Awake’ (1994), pensamos ‘ok, esse disco está saindo, vamos sair em turnê, divulgar e torná-lo maior ao vivo. Ok, acabou e vamos fazer o próximo’. Tem sido algo consistente desde então.”

Dream Theater no mainstream?

No ano passado, o Dream Theater levou para a casa o seu primeiro Grammy – de Melhor Performance de Metal – com a música “The Alien”, single do álbum “A View From The Top Of The World” (2021). O mesmo disco também conseguiu figurar entre as dez primeiras posições das paradas de diversos países.

Diante da recepção positiva, em conversa com a revista japonesa Metropolis, John Petrucci respondeu por que acha que a banda ganhou, de certa forma, “mais atenção” recentemente. 

“Por perseverança [risos]. É isso. Eu acho que quando começamos, realmente não tocávamos metal progressivo, não era um gênero de fato, estava começando a surgir com algumas bandas. Mas avançando rapidamente para hoje e tendo 15 álbuns em nossa carreira, o gênero realmente se expandiu e explodiu. E eu acho que agora está mais em primeiro plano na cabeça das pessoas, não é mais um gênero nichado. Mas nós trabalhamos muito duro, desde que começamos a excursionar em 1992 ou quando quer que fosse o ano. E então eu acho que é sobre apenas chegar lá e trabalhar duro e não descansar, sempre fazendo nosso melhor trabalho quando criamos um novo disco e apresentamos um show ao vivo para as pessoas.”

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