Apesar de ter seus trabalhos voltados mais para o pop e R&B, o cantor Seal tem bandas e artistas diversos como referência na música. Durante o quadro “What’s In My Bag?”, promovido pela loja Amoeba Music (via Louder), ele revelou alguns dos álbuns mais significativos em sua vida e surpreendeu com algumas escolhas.
Primeiramente, o artista britânico citou os discos “Harvest” (1972), de Neil Young, e “Déjà Vu” (1970), do Crosby, Stills, Nash & Young – supergrupo também com a presença de Young. Então, Seal mencionou “Dirt” (1992), do Alice in Chains, e detalhou sua admiração pela banda e sua relação com o grunge:
“Essa banda foi realmente significativa para mim, porque quando eu deixei a Inglaterra no início da minha carreira, o grunge tinha acabado de começar. Lembro de vir a Los Angeles, de estar dentro de um táxi e de conversar com o motorista, falávamos sobre música. E ele disse: ‘Bem, que tipo de música você gosta? No que você tem interesse?’. E eu disse: “Eu tenho muita curiosidade nesse tal de grunge, realmente gosto disso’. E ele perguntou as bandas que eu gostava e eu disse que amava o Nirvana, é claro, e gostava do Pearl Jam, e ele respondeu: ‘Ah, essas são legais, você já ouviu falar de uma banda chamada Alice in Chains?’. E então colocou pra tocar a música ‘Man in the Box’.”
A harmonização vocal entre o saudoso vocalista Layne Staley e o guitarrista/covocalista Jerry Cantrell na faixa fascinou o artista. Para ele, o Alice in Chains merecia muito mais atenção.
“De todo esse período grunge, o Alice in Chains era de longe a minha banda favorita e acho que a mais subestimada também. ‘Dirt’ tem ótimas músicas, a mais conhecida delas sendo ‘Rooster’, que Jerry compôs sobre seu pai voltando para casa após servir no Vietnã.”
Outro ponto destacado por Seal é uma certa sensualidade presente nas músicas do grupo, apesar de toda a tristeza e agressividade envolvidas – o que, em sua opinião, tornou a sonoridade distinta.
“Eu amo a parte artística, claro, mas há uma verdadeira sensualidade nas músicas. Elas são sombrias, bonitas, melancólicas, mas realmente sexy. E são pesadas. Em comparação a todas as outras bandas daquela época grunge, eles tinham algo verdadeiramente único. Era como se eles tivessem uma alma meio que R&B, mesmo que não soasse assim. Eles tinham uma alma gutural em vez de apenas serem metaleiros.”
Outros álbuns favoritos de Seal
Finalizando sua participação, Seal também elencou entre seus álbuns preferidos “Hounds of Love” (1985), de Kate Bush; “The Rise & Fall of Ziggy Stardust & the Spiders from Mars” (1972), de David Bowie; “Amazing Grace: The Complete Recordings” (1972), de Aretha Franklin; “What’s Going On” (1971), de Marvin Gaye e “Innervisions” (1973), de Stevie Wonder. Assista ao vídeo abaixo em inglês, sem legendas.
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