Recentemente, Roger Waters conseguiu reverter na Justiça a proibição de sua apresentação em Frankfurt, Alemanha. O show, que acontece no próximo dia 28 de maio, chegou a ser suspenso por autoridades locais devido a acusações de antissemitismo por conta de posicionamentos do músico contra o tratamento dado pelo estado de Israel aos palestinos.
Após apelação na justiça, o ex-líder do Pink Floyd obteve vitória. Em decisão obtida na última semana, o tribunal local alegou que a ação do cancelamento viola o direito de liberdade de expressão. Ainda, ressaltou que a organização inicial do evento e o governo devem colaborar para a realização do show, conforme previa o contrato.
Após seu triunfo, Waters foi às redes sociais e expressou seu desejo de mudança. Ele pediu o fim da interpretação das críticas contra as políticas do governo israelense como antissemitismo. Também aplaudiu as leis da Alemanha que protegem a expressão artística e implorou à nação que evite o uso de polícia militarizada para reprimir manifestações pacíficas de boicote, desinvestimento e sanções em solidariedade à causa palestina. Embora específicos, seus pedidos reverberaram com um apelo universal por compreensão, justiça e direito ao protesto pacífico.
Diz o texto:
“Leiam!
O tribunal de Frankfurt considera que o show previamente cancelado de Roger Waters pode prosseguir pois considera: ‘Roger Waters não é um antissemita!’. Também nos adverte de todos os perigos do atual ressurgimento do fascismo no Ocidente.
Assim, o show em Frankfurt no dia 28 será realizado. À luz desta decisão esclarecida:
1. Podemos, por favor, parar de confundir críticas às políticas do governo pró-apartheid do estado racista de Israel com antissemitismo?
2. Podemos, por favor, concordar em descartar a absurda definição de antissemitismo da IHRA, um pedaço de papel sem valor cujo único uso possível é ofuscar o real significado do termo?
3. Podemos parabenizar o povo alemão por ter leis que protegem a liberdade de expressão artística? E exorte-os a convencer seu governo a parar de usar a polícia militarizada para proibir e reprimir violentamente as manifestações pacíficas do BDS organizadas em apoio aos nossos irmãos e irmãs oprimidos na Palestina.
Mal posso esperar para levar minha mensagem de amor e paz para a Alemanha em maio, além de ficar ombro a ombro, não apenas com todos os meus irmãos e irmãs no movimento BDS, mas também com o resto do movimento antiguerra florescente, o movimento antirracista, anticapitalista, antiautoritário e antiestablishment que aquece esse coração que sangra.”
Roger Waters e “This is not a Drill”
A turnê “This is not a Drill” segue pela Europa até o início do mês de junho. A etapa norte-americana, realizada no segundo semestre do ano passado, foi assistida por mais de meio milhão de espectadores.
O show do dia 25 de maio em Praga, República Tcheca, terá transmissão ao vivo para cinemas de todo o planeta. A apresentação na O2 Arena será exibida em 1,5 mil salas de 50 países.
O Brasil está na lista através da rede de cinemas UCI. As seguintes cidades terão sessões:
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Curitiba
- Salvador
- Recife
- Fortaleza
- Ribeirão Preto
- Juiz de Fora
- São Luís
- Campo Grande
- Manaus
- Canoas
- São Bernardo do Campo
Para mais informações sobre locais e horários, acesse o site da UCI. Ingressos podem ser adquiridos no site Ingresso.com.
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