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A “tática Robin Hood” que o Rage Against the Machine aplicou em turnê de 2022

Política de preços dinâmicos, adotada por empresas nos Estados Unidos, desagrada os membros do grupo

Nos últimos tempos, vários artistas vêm se posicionando em relação às políticas de vendas de ingressos por empresas que atuam no ramo. Nomes como The Cure e Neil Young desaprovaram a ideia da Live Nation, que adota o método de preços dinâmicos, que aumentam ou diminuem conforme a demanda. Bruce Springsteen foi muito criticado pelos fãs, mas se esquivou de tomar uma posição mais efetiva – algo raro em sua carreira.

Em recente entrevista à Rolling Stone, o guitarrista Tom Morello falou sobre o tema e a postura adotada pelo Rage Against the Machine na turnê de reencontro, que até o momento se resumiu a 19 apresentações na América do Norte.

“Acho que, neste ponto, acho que todos estão familiarizados com a terrível ideia de preços dinâmicos de ingressos. Houve aquele grande alvoroço com Springsteen e este e aquele. Só para reiterar, cada ingresso para o show custava US$ 125, com exceção de cerca de cinco a dez por cento dos ingressos, com os quais fizemos os preços dinâmicos dos ingressos e distribuímos cada centavo.”

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O instrumentista explicou como a banda conseguiu transformar a situação em algo positivo para a comunidade de cada local por onde passou.

“Cada centavo acima de US$ 125 foi para instituições de caridade nessas cidades. Na cidade de Nova York, arrecadamos mais de um milhão para instituições de caridade de organizações ativistas. Houve um total de cerca de seis ou sete milhões arrecadados na turnê, no que foi basicamente uma tática de Robin Hood. Eu queria dizer essas coisas em voz alta, já que havia muita desinformação no mundo sobre o assunto.

Cambistas são a ruína da existência de todas as bandas, porque são terceiros que estão apenas roubando seus fãs. Competimos com eles e servimos os mais pobres dos pobres em cada uma das cidades onde tocamos.”

Foto: Scott Penner / CC BY-SA 3.0

Morello também aproveitou para esclarecer outra questão que se tornou polêmica desde o início da pandemia.

“Há muitas pessoas ridículas que desaprovam a perspectiva política do Rage, que não estavam nos shows, que… só para deixar claro, nenhum fã em nenhum show na história do Rage Against the Machine jamais teve uma exigência de vacinação para entrar. Nunca. As pessoas dizem isso o fazem apenas por tolice.”

Rage Against the Machine atualmente

O Rage Against the Machine cancelou todos os compromissos de 2023 para que o vocalista Zack de la Rocha possa tratar seu tendão de Aquiles esquerdo, rompido durante um show do ano passado. Porém, durante a mesma entrevista, Tom Morello não deu certeza de que o quarteto se reunirá.,

*Foto: Scott Penner / CC BY-SA 3.0

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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