Desde o anúncio de que Phil Anselmo e Rex Brown realizariam um tributo oficial ao Pantera com Zakk Wylde na guitarra e Charlie Benante na bateria, opiniões divergentes surgiram. É verdade que a maioria compreendeu a proposta e abraçou a causa. Porém, alguns se mostraram desconfortáveis, especialmente por conta de como a banda acabou e o que aconteceu posteriormente, entre declarações, gestos e um assassinato.
Durante entrevista ao Rock Interview Series (transcrita pelo Blabbermouth), Max Cavalera deixou suas impressões sobre a situação. No período de Sepultura, o músico brasileiro excursionou com a versão original do Pantera. Na metade dos anos 1990 as duas bandas foram grandes responsáveis por levar o som pesado adiante, especialmente na cena heavy norte-americana.
“Há dois lados para isso, certo?! Eu entendo que os fãs querem ver e você ainda tem uma grande parte dessa banda na ativa. Porém, faltam dois elementos-chave nos irmãos que são insubstituíveis, aos meus olhos. Então é difícil. É muito difícil.”
O grande dilema de Max está no fato de a promoção de todas as atividades do projeto usar apenas o nome do grupo.
“É um pouco estranho que eles chamem de Pantera. Deveria ser algum tipo de homenagem, eu acho. Teria sido um pouco mais como um tributo a essas músicas e àquela época. Por que eu realmente não acho que seja o Pantera sem os irmãos.”
Tributo ao Pantera
A estreia do tributo ao Pantera aconteceu no final do ano passado, com uma passagem pela América Latina. O Brasil pôde conferir dois concertos, ambos realizados em São Paulo: um com o Judas Priest e outro como parte do festival Knotfest.
Recentemente, os festivais alemães Rock Am Ring e Rock Im Park cancelaram as aparições da banda após protestos por parte do público devido a manifestações de cunho neonazista de Anselmo. Um show próprio em Viena, Áustria, também acabou caindo da agenda.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.