Assim como vários dos músicos que deram a partida no fenômeno conhecido mundialmente como heavy metal, David Coverdale é avesso à classificação de sua música com a denominação. O próprio já declarou considerar o estilo uma música que não possui profunda emoção e envolvimento sentimental, como ele considera ser a sua obra.
Porém, ele também reconhece alguns exemplos do que criou e podem ser encaixados no segmento. Em depoimento ao livro “Gettin’ Tighter: Deep Purple ‘68-’76”, lançado pelo escritor canadense Martin Popoff em 2008, o frontman do Whitesnake revela quais seriam essas canções.
“Nunca abracei a expressão heavy metal porque todos os meus temas são emocionais. Mas eu escrevi duas músicas no estilo para deixar Ritchie Blackmore feliz: ‘Burn’, que ainda considero um clássico, e ‘Stormbringer’. Basicamente, se você olhar as letras, são mais ou menos poemas de ficção, algo que nunca me senti confortável em fazer. Acho que foi da segunda que Ritchie tirou o nome Rainbow.”
Nas últimas décadas, Coverdale incorporou as duas ao repertório do Whitesnake. Posteriormente, as regravou com várias outras para o disco “The Purple Album”, lançado em 2015. Mesmo assim, ele não se considera tão confortável com uma delas.
“Ainda me sinto bem com ‘Burn’ a qualquer hora do dia, mas não posso dizer o mesmo de ‘Stormbringer’. Não gosto tanto assim dela.”
Deep Purple com David Coverdale
As duas faixas deram título aos primeiros discos de David Coverdale com o Deep Purple, ambos lançados em 1974. A seguir, o guitarrista Ritchie Blackmore sairia.
Com Tommy Bolin em seu lugar, a banda ainda gravaria “Come Taste the Band” (1975) antes de encerrar as atividades, que só seriam retomadas em 1984 com a formação anterior, conhecida como MKII.
*Foto: Ralph Arvesen / CC BY 2.0
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