Todas as músicas que o Nightwish nunca tocou ao vivo até hoje

De acordo com levantamento da Metal Hammer, 34 faixas da discografia da banda finlandesa nunca foram levadas aos palcos até o início de 2023

Até o momento da publicação deste artigo, o Nightwish realizou 951 shows. A banda finlandesa possui um total de 117 diferentes músicas gravadas, sendo que 34 delas nunca foram executadas ao vivo.

Sendo assim, a Metal Hammer resolveu compilar, com ajuda de registros da própria banda e o onipresente site Setlist.fm, as canções que os comandados de Tuomas Holopainen ainda não tocaram em seus concertos.

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Antes, porém, a publicação britânica deixa um aviso:

“Algumas composições, como a quadrilogia ‘Lappi (Lapland)’, são tratadas como quatro faixas separadas aqui de acordo com a lista de faixas do álbum, enquanto canções como ‘The Greatest Show On Earth’ são tratadas como uma longa canção. Músicas cover que são lados B, como ‘Where Were You Last Night’ e a trilha sonora instrumental do filme ‘Imaginaerum’, não foram incluídas, nem o segundo disco de ‘Human. :||: Nature’.”

Confira a lista a seguir, com os comentários originais da Metal Hammer devidamente traduzidos.

As músicas que o Nightwish nunca tocou ao vivo

Do álbum “Angels Fall First” (1997)

MH: Além do recentemente lançado “Human. :||: Nature”, o álbum de estreia da banda é o que eles menos se aprofundaram quando se trata de shows ao vivo: a já mencionada “Lappi (Lapland)” e a demo amplamente acústica “Nightwish” foram ignoradas, assim como a suave “Return to the Sea” e a folclórica “Nymphomaniac Fantasia”.

De “Oceanborn” (1998)

MH: O lançamento de “Oceanborn” viu a banda começar uma turnê fora da Finlândia, e com o álbum de 1998 cheio de faixas como “Sacrament of Wilderness” e “Passion & The Opera”, você poderia perdoá-los por ignorar “The Riddler” e “Nightquest”. Embora, se você nos perguntar, podemos trocar “Walking in the Air” por qualquer uma delas.

De “Wishmaster” (2000)

MH: Do segundo disco mais tocado da banda, há apenas duas músicas que eles sempre pularam: a triste balada “Two for Tragedy” e a histriônica “Bare Grace Misery”, uma música com um refrão deliciosamente melodramático que, francamente, merece pelo menos uma apresentação ao vivo.

De “Century Child” (2002)

MH: “Century Child” de 2002 e a adição da voz poderosa de Marko Hietala deram início a uma nova era para o Nightwish. Trouxeram o que se tornaria um novo setlist básico na forma da impressionante “Ever Dream”. Não é surpreendente que eles tenham preferido outras músicas em vez da lenta e pesada “Forever Yours” e “Ocean Soul”, mas achamos que a sensual “Feel For You” deveria ter seu dia ao sol pelo menos uma vez.

De “Once” (2004)

MH: “Once” é grande por muitas razões: seu álbum mais tocado, o último com Tarja Turunen e aquele que lhes rendeu um número significativo de novos seguidores fora da Europa. De todas as suas canções, apenas uma nunca foi tocada, “Dead Gardens”.

De “Dark Passion Play” (2007)

MH: A turnê Dark Passion Play foi, e ainda é, a maior do Nightwish até hoje. Até por isso não é nenhuma surpresa que eles tenham tocado quase todas as músicas do álbum, com exceção da doce mid-tempo “For The Heart I Once Had” e a vitriólica “Master Passion Greed”. Com a letra da última amplamente entendida como um golpe velado no marido de Tarja, talvez a banda tenha sentido que tocar a música ao vivo seria levar as coisas um pouco longe demais. Ou que seria melhor deixar esses sentimentos amargos no passado.

De “Imaginaerum” (2011)

MH: Com um longa-metragem para promover e outra massiva turnê mundial, apenas a instrumental “Arabesque” e a suave balada folk “Turn Loose The Mermaids” ficaram de fora do setlist dos shows. Esta última, com um lindo solo de violino de Pekka Kuusisto, definitivamente merece ser ouvida ao vivo.

De “Endless Forms Most Beautiful” (2015)

MH: Entra Floor Jansen para levar o Nightwish para sua era Attenborough-metal. Nada diz “tenho uma assinatura da National Geographic” como escrever uma faixa instrumental chamada “The Eyes of Sharbat Gula” em homenagem à fotografia de capa mais icônica da publicação, apresentando o olhar penetrante de olhos verdes de uma jovem afegã. Claro, instrumentais são complicadas de se fazer justiça ao vivo, então vamos deixá-las de fora.

De “Human. :||: Nature” (2020)

MH: A banda só agora está em turnê com seu álbum mais recente, dois anos e meio após seu lançamento, graças a uma coisinha que provavelmente preferimos não pensar mais. Mas até agora eles não mostraram nenhum amor pela abertura do disco, “Music” (exceto pela intro tocada nos PAs), “Procession” ou a faixa de encerramento “Endlessness”.

Outras músicas

MH: Como qualquer banda com tantos álbuns e singles quanto o Nightwish, eles resgatam algum lado B de vez em quando. Pessoalmente, adoraríamos ouvir Floor cantar “The Heart Asks Pleasure First”, uma valsa arrebatadora e cinematográfica com algumas notas altas de dar água nos olhos e um belo final de violino.

Eles também nunca tocaram “Away”, “Lagoon”, “Live to Tell The Tale”, “Once Upon a Troubadour”, “Sagan”, “Sleepwalker”, “The Wayfarer” ou “White Night Fantasy”. Embora provavelmente haja pouca chance de tocarem “Erämaan Viimeinen”, a menos que Floor realmente se esforce em seus estudos de idiomas, talvez a esposa de Tuomas, a cantora finlandesa Johanna Kurkela, possa se juntar à festa da era “Dark Passion Play”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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