Mais de meio século após a separação dos Beatles, Yoko Ono ainda é colocada como causadora do fim – e o assunto segue rendendo novos desdobramentos. Dan Richter, ex-assistente pessoal de John Lennon e de sua esposa, trouxe em entrevista ao Telegraph uma curiosa reflexão sobre o papel da artista no fim do Fab Four.
O funcionário, que trabalhou junto do casal entre 1969 e 1973 (período que engloba o rompimento), disse entender que John usou a parceira para poder se livrar da banda. A declaração vai ao encontro do que Paul McCartney sempre declarou em entrevistas: que somente Lennon, sem qualquer outro integrante, foi o responsável pelo fim do grupo.
“Acho que John usou Yoko para ajudá-lo a acabar com os Beatles. Era um grande problema para ele: como acabar com os Beatles? Eles valiam milhões de dólares e Paul gostaria de seguir com a banda para sempre.”
Em outra fala recente, agora ao podcast “British Scandal – The Ballad of Yoko and John” (via Guitar.com), Richter abordou o tópico ao falar sobre a relação do casal. Na ocasião, o antigo assistente se aprofundou na influência de Yoko Ono na decisão do marido em deixar os Beatles.
“Yoko deu a John um mundo totalmente novo para o qual ele poderia se mudar. John queria seguir em frente, queria provar que poderia fazer um grande álbum mainstream com um grande hit número 1 nele. Provavelmente havia um pouco de machismo em jogo […] O fato de ela ser mulher e japonesa não era considerado uma vantagem naquela época, mas John gostava de Yoko assumindo a linha de frente.”
John Lennon, Yoko Ono e as drogas
De volta à entrevista para o Telegraph, Dan Richter abordou outro tema constante quando se discute a vida de John Lennon naquele período: o vício dele e de Yoko Ono em heroína. O funcionário reforçou a ideia de que a dependência foi iniciada em uma espécie de busca pela criatividade.
“Eu não queria que eles usassem, mas o que eu não queria mesmo era que eles usassem heroína de rua e morressem por aquilo. Havia um mito de que as drogas eram a chave para a criatividade. Tipo: o que eles podem e não podem ser. As pessoas achavam que Billie Holiday e Charlie Parker eram melhores artistas por causa das drogas. Agora, acho que não pensam assim.”
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