Se você sempre teve curiosidade de saber como foi a famosa era silenciosa do cinema, o filme “Babilônia” é uma ótima oportunidade. Com a presença de nomes como Brad Pitt e Margot Robbie, o longa explora justamente esta conhecida época da indústria, que teve o seu auge durante os anos 1920.
Muitos dos personagens de “Babilônia” não existiram na realidade – as poucas exceções são o produtor e executivo Irving Thalberg e a atriz Marion Davis -, mas ainda assim, foram inspirados em figuras famosas desta época?
Afinal de contas, quais são elas, exatamente? É o que vamos abordar na lista abaixo. As informações são dos sites ScreenCrush, IndieWire e Uproxx.
As pessoas reais no filme “Babilônia”
Jack Conrad
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Vamos começar por Jack Conrad, o personagem de Brad Pitt em “Babilônia”. No filme, ele é uma das principais estrelas da era silenciosa do cinema, mas vê a carreira entrar em turbulência com o início da transição para os filmes com áudio.
Além disso, Conrad também é conhecido em “Babilônia” por conta das festas extravagantes que promove em Hollywood.
A grande inspiração por trás do personagem é o ator John Gilbert, que foi uma das principais estrelas da era silenciosa do cinema. Além disso, seu característico visual foi fielmente reproduzido em Jack Conrad.
John Gilbert chegou a ser o ator mais bem pago de Hollywood, mas assim como o personagem que se inspirou nele, viu sua carreira declinar com a transição para os filmes com áudio. Especialistas afirmam que o ator nunca mais foi o mesmo por sabotagens – já que tinha um salário enorme –, seu alcoolismo e por não ter se adaptado à mudança.
Nellie LaRoy
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Interpretada por Margot Robbie em “Babilônia”, Nellie LaRoy é uma jovem atriz em ascensão, mas que também passa a enfrentar dificuldades com a transição para os filmes com som. A personagem também sofre com seu vício em drogas.
O diretor Damien Chazelle e a própria Margot Robbie afirmaram que a personagem é baseada em várias figuras da vida real, com destaque para a atriz Clara Bow.
Assim como Nellie, Bow teve uma infância difícil – sua mãe tinha esquizofrenia e seu pai era abusivo -, mas conseguiu se tornar uma atriz bem-sucedida. A artista também ficou conhecida por sua personalidade extravagante e ter se tornado uma sex symbol.
Por conta disso, ela teve de conviver com inúmeros rumores e mitos sobre sua vida – principalmente do ponto de vista sexual.
Outras atrizes da época também ajudaram a modelar a personagem, como Joan Crawford, Jeanne Eagels, Mabel Normand, Alma Rubens e Thelma Todd.
Manny Torres
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Em “Babilônia”, Manny Torres, papel de Diego Calva, se trata de um imigrante mexicano que consegue, aos poucos, crescer dentro da indústria cinematográfica.
Segundo Damien Chazelle, a principal inspiração para o personagem foi Rene Cardona, um imigrante cubano que também conseguiu crescer aos poucos dentro da indústria cinematográfica e se tornou executivo de estúdios.
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Outra figura que contribuiu para a construção do personagem é o ator Ramón Novarro. Também nascido no México, o ator começou a aparecer nos filmes silenciosos a partir de 1917 e logo se transformou em uma das estrelas desta época.
Novarro chegou a ser chamado de sex symbol durante seu auge e é considerado o primeiro ator latino a fazer sucesso em Hollywood. Infelizmente, o artista foi assassinado em sua casa no ano de 1968.
Elinor St. John
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Jean Smart é a responsável por dar vida a Elinor St. John no filme. Esta personagem é uma jornalista que se informa de tudo que acontece nos bastidores de Hollywood e repassa as principais fofocas em sua coluna na revista Photoplay – que realmente existiu durante esta época.
A personagem é claramente uma versão fictícia de Louella Parsons, que foi uma das principais colunistas de fofocas sobre os bastidores de Hollywood durante décadas.
Parsons chegou a ganhar o apelido de “Rainha das fofocas de Hollywood” e sua influência era tão grande no meio que ficou famosa por impulsionar ou acabar com carreiras de diversas pessoas do ramo.
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Damien Chazelle garante que outras duas figuras ajudaram a conceber a personagem: a escritora Elinor Glyn e a repórter Adela Rogers St. Johns.
Glyn se tornou famosa por ter ajudado a impulsionar a carreira de diversos artistas, como foi o caso de Clara Bow, e ter escrito várias peças de teatro. Já St. Johns era colega de trabalho de Parsons na revista Photoplay e ganhou fama por coagir diversas estrelas de Hollywood a serem entrevistas por ela – e ainda tentava forçá-las a revelar segredos e fofocas em primeira mão.
Sidney Palmer
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Outro personagem de destaque em “Babilônia” é o trompetista Sidney Palmer. Vivido por Jovan Adepo, o personagem é parte de uma banda de jazz e se torna estrela dos primeiros filmes musicais de Hollywood, após ser descoberto por Manny Torres.
Dois músicos desta época foram as principais inspirações para a construção do personagem. O primeiro é Duke Ellington, que tocava em casas noturnas de Hollywood e fez algumas participações esporádicas em filmes.
Já o segundo é Sidney Easton, que, assim como Ellington, tocava em casas noturnas e festas. A partir dos anos 1930, também passou a trabalhar como ator e apareceu em vários filmes ao longo dos anos.
Damien Chazelle afirmou que o lendário Louis Armstrong, uma das figuras mais influentes da história do jazz, também foi uma das inspirações para a criação de Sidney Palmer.
Lady Fay Zhu
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Esta personagem, interpretada pela atriz Li Jun Li, se trata de uma cantora de cabaré que também trabalha como escritora daqueles famosos intertítulos dos filmes da era silenciosa.
A principal inspiração para a criação da personagem foi a artista Anna May Wong. Ela é considerada primeira grande estrela hollywoodiana de descendência asiática – e a primeira a ganhar reconhecimento mundial. Ao longo de sua carreira, atuou em filmes silenciosos e com som, além de ter feito trabalhos para TV, teatro e rádio.
Assim como a personagem que se inspirou nela, também houve um momento em que Anna May Wong decidiu ir trabalhar na Europa com o intuito de ter novas e diferentes oportunidades na carreira.
Ruth Adler
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Interpretada por Olivia Hamilton, Ruth Adler se trata de uma das pouquíssimas mulheres que trabalhavam nos bastidores de Hollywood nesta época. Ela foi inspirada em uma figura importante e pioneira da indústria cinematográfica.
Estamos falando de Dorothy Arzner. Por muitos anos, ela foi a única diretora de Hollywood e entre 1927 e 1943 – ano em que se aposentou do ramo -, dirigiu 20 filmes diferentes.
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7c/Dorothy_Arzner.jpg)
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Além disso, Dorothy Arzner foi uma das pouquíssimas mulheres que conseguiram ter uma bem-sucedida carreira como diretora até os anos 1970. A cineasta também trabalhou com nomes de destaque do cinema, como Katherine Hepburn, Lucille Ball, Joan Crwaford e a própria Clara Bow, já mencionada algumas vezes.
Damian Chazelle também se inspirou na cineasta Alice Guy-Blaché – a primeira mulher a dirigir um filme na história – e a atriz Lois Weber para criar Ruth Adler.
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