Fama do R.E.M. tirou parte do prazer de tocar ao vivo, diz Peter Buck

Todas as atividades extracurriculares relacionadas à rotina de uma das maiores bandas do planeta fizeram o guitarrista preferir ficar longe dos holofotes

O R.E.M. coroou todo o trabalho duro nos anos 1980 ao se tornar um dos grupos mais importantes do planeta na década seguinte. Isso, porém, acabou por cobrar seu preço.

Em entervista à Classic Rock, o guitarrista Peter Buck refletiu sobre como a fama global acabou tirando parte do prazer dos shows.

“Quando ficou enorme, não sei se alguém realmente gosta disso. Quando tudo que não tem a ver com música se torna tão intenso, acabou tirando um pouco do prazer pra mim. São as coisas que você acorda e fala: Deus do céu, eu não quero que tirem fotos minhas hoje, não quero fingir ser um ator num clipe quando não sei atuar.”

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O guitarrista reconhece que a fama trouxe coisas legais. Contudo, não era esse o objetivo.

“Eu amei tocar em Glastonbury e me apresentar na frente de tanta gente e vender milhões de discos, mas essa nunca foi a razão para eu fazer isso. E quando chegamos no ponto em que decidimos ser o fim, a sensação era de que tinha sido uma grande experiência compartilhada por nós. Eu não mudaria nada, mas eu não vou voltar pra isso.”

O fim do R.E.M.

O R.E.M. anunciou o fim de suas atividades em 2011. Peter Buck aproveitou para falar na entrevista que apesar dos dois últimos álbuns do grupo terem sido bem-recebidos por público e crítica, ele via que independentemente disso, o tempo da banda havia passado.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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