Com uma carreira muito mais baseada em álbuns do que em singles, o Led Zeppelin enfrentou uma série de críticas negativas a seus trabalhos gravados em estúdio. O guitarrista Jimmy Page enxergava isso como fruto da dificuldade para analisar tais obras.
Em entrevista a Sophie K (com transcrição do Rock Celebrities), o músico apontou os singles como facilitadores para os autores de resenhas. O fato de o Zeppelin não ter lançado muitos compactos dificultou as avaliações de materiais da banda, em sua visão
“Os jornalistas que faziam resenhas na época só podiam ter um ponto de referência. Eles estavam tão acostumados com bandas que faziam singles. E havia um canal entre um álbum e o álbum atual que eles poderiam ter que analisar. Os singles criaram uma zona de conforto nas resenhas.
As pessoas achavam muito difícil escrever resenhas sobre os álbuns do Led Zeppelin na época. Então, [eles] não conseguiam descobrir do que se tratava e por que cada álbum soava tão diferente do outro. E surgiam críticas, de um jeito ou de outro. Então, por eles não terem esse ponto de referência de singles, bem, isso foi muito ruim para nós desde o início.”
Led Zeppelin e os singles
Com o conceito de que seus álbuns eram uma unidade indivisível, o Led Zeppelin era contrário ao lançamento de singles – músicas de divulgação lançadas de forma individual. “Whole Lotta Love” (1969) e “Immigrant Song” (1970) foram algumas das exceções – e contra a vontade da banda.
Ainda durante a entrevista, Page comentou como a escolha de não lançar as faixas individualmente expandem a experiência do álbum.
“Eu não queria ser pego no mercado de singles. E isso dá a licença para expandir o que você está fazendo e continuar expandindo sem ter que voltar para ‘Oh, mas onde está o single?’ Não há um single, é um álbum.”
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