O punk e o hard rock eram antagonistas na cena dos anos 1980. O engajamento e o visual das ruas de um se mostrava inversamente proporcional ao glamour e letras farristas e sexistas do outro. Por isso, não é de se estranhar que o vocalista do Bad Religion, Greg Graffin, tinha mais do que um problema com isso.
Em sua biografia, “Punk Paradox: A Memoir”, o cantor explana as diferenças de postura e pensamento, apresentando seu lado da história. Em recente participação no The Chuck Shute Podcast (com transcrição da Classic Rock), ele resolveu se explicar de forma mais detalhada.
“Vamos deixar algo claro aqui: não achava a música deles ridícula, mas o lado fashion. Entendo por que alguns punks gostavam, eles eram bons. Apenas não eram tão incisivos e engajados nas controvérsias como nós. As letras também era terríveis às vezes, mas a música em si era muito boa e divertida.”
Greg entende que o histórico de violência da cena punk também contribuiu para que os fãs ficassem mais atraídos pelo hair metal.
“Quem não queria brigar e correr o risco de apanhar ia aos shows deles, o que faz total sentido para mim. Sabia que tínhamos muito a oferecer, mas era difícil arrumar casas noturnas que nos deixassem tocar por conta disso.”
“Punk Paradox: A Memoir” saiu no último dia 8 de novembro na sua versão em inglês. A distribuição é da editora Hachette Books.
Bad Religion e o museu do punk
Recentemente, o Bad Religion foi anunciado como um dos financiadores do primeiro espaço dedicado a preservar a história do punk. O Punk Rock Museum será inaugurado dia 13 de janeiro de 2023, em Las Vegas.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.