A saída do baixista Bill Wyman dos Rolling Stones aconteceu em 1993. À época, a banda vinha recuperando terreno após uma década de 1980 cheia de crises.
O álbum “Steel Wheels” e sua turnê inaugurou a era dos megaespetáculos para o grupo. Dinheiro jorrava e o sucesso era até maior do que no auge criativo. Porém, nem isso foi suficiente para segurar o músico.
Em entrevista à Classic Rock, Bill relembrou as reações que sua decisão desencadeou entre os colegas.
“Quando saí, levei alguns meses para reconstruir a relação. Foi estressante, eles não queriam isso e ficaram irritados, ao invés de me agradecer pelos 30 anos que passamos juntos. Mick dizia coisas estúpidas, absurdas, como um moleque mimado. ‘Não deve ser tão difícil tocar o baixo, eu posso fazer isso’. Já Keith falava que ninguém devia deixar a banda a não ser que fosse em um caixão. Ainda deixaram a porta aberta por 2 anos, ficavam me telefonando. Mas não cedi e não me arrependo.”
Hoje, Wyman diz que a relação é mais harmoniosa, embora não necessariamente calorosa.
“Keith ainda me envia velas perfumadas no natal. Todos mandamos presente de aniversário uns aos outros. É algo de família, sem negócios envolvidos. Funciona bem. Como parentes distantes com os quais você mantém contato, embora não se vejam com frequência.”
Rolling Stones sem Bill Wyman
Os Rolling Stones seguiram carreira com Darryl Jones no baixo. Ele segue com a banda até hoje, embora nunca tenha sido efetivado como membro oficial.
Bill Wyman participou de alguns shows em celebração aos 50 anos do grupo, em 2012.
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