Lançado originalmente em 1997, “Restless Heart” foi o último álbum de estúdio do Whitesnake por um bom tempo. A sonoridade reaproximava o grupo de David Coverdale do blues rock de seus primórdios, sendo mais focado em músicas lentas e introspectivas – especialmente se comparado ao hard explosivo de seus antecessores “Whitesnake” (o popular 1987) e “Slip of the Tongue”.
Recentemente saiu a edição especial celebrando 25 anos do trabalho. Em entrevista ao Eonmusic, o guitarrista Adrian Vandenberg confessou que as reuniões discutindo os rumos a serem tomados geraram alguns atritos com seu antigo parceiro.
“Acabamos tendo discordâncias em relação ao direcionamento. Então Joel Hoekstra (um dos atuais guitarristas da banda) foi chamado para dobrar as partes rítmicas que gravei, visando dar mais intensidade às músicas.”
Vandenberg também recordou que as sessões originais já haviam gerado alguns desentendimentos da mesma natureza.
“Foi estranho porque as demos que fizemos para ‘Restless Heart’ também eram mais sobre o Whitesnake ser uma banda de blues rock. Eu sempre fui fã, então sei exatamente o que a banda deveria ser. Foi isso que discuti com David na época.
Nós dois concluímos que os anos 1990 eram um período estranho. Devíamos resgatar o que o Whitesnake era originalmente, sem muitos enfeites nem muito polimento. Pegue a música ‘Too Many Tears’ como exemplo, é onde David se destaca especialmente. Ele tem essa voz grande e blueseira, registro baixo, isso é ótimo. E estou muito feliz por termos gravado esse álbum.”
Whitesnake e “Restless Heart”
Inicialmente, “Restless Heart” seria concebido como um disco solo de David Coverdale. Porém, compromissos com a gravadora fizeram com que o nome do Whitesnake fosse utilizado junto ao de seu líder.
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