Roger Waters encontra-se atualmente em turnê com o show intitulado “This is Not a Drill”. Adiada por conta da pandemia, a tour teve início em julho de 2022 e, como de costume, traz uma experiência altamente tecnológica e repleta de mensagens políticas.
De fato, o espetáculo já começa com um sonoro aviso aos mais desavisados, que não gostam da “mistura” de música com política. No telão, após um pedido para que celulares sejam desligados, um texto é exibido até para evitar desapontamentos, como o que aconteceu na última passagem do músico pelo Brasil, em 2018, quando muitos fãs descobriram a forte carga política na obra de Waters. O comunicado diz:
“Se você é uma daquelas pessoas, que diz: ‘eu amo Pink Floyd, mas não suporto as mensagens políticas’, seria bom cair fora agora e ir para o bar.”
O show atual de Roger Waters
O set começa então já com uma surpresa: “Comfortably Numb”, clássico do Pink Floyd que geralmente surgia mais para o fim das apresentações, agora está na abertura em uma versão repaginada, sem o famoso solo de guitarra.
Ao todo, são 17 músicas da antiga banda de Waters em um total de 23. As demais vêm de seu material solo: “The Bravery of Being Out of Range” (do álbum “Amused to Death” – 1992), “The Powers That Be” (de “Radio K.A.O.S.” – 1987), “Déjà Vu”, “Is This the Life We Really Want?” (as duas últimas do disco “Is This the Life We Really Want?” – 2017) e a inédita “The Bar”, que ganha uma reprise.
O setlist é dividido em duas partes, e a lista completa é a seguinte:
- Comfortably Numb (música do Pink Floyd)
- The Happiest Days of Our Lives (música do Pink Floyd)
- Another Brick in the Wall, Part 2 (música do Pink Floyd)
- Another Brick in the Wall, Part 3 (música do Pink Floyd)
- The Powers That Be
- The Bravery of Being Out of Range
- The Bar
- Have a Cigar (música do Pink Floyd)
- Wish You Were Here (música do Pink Floyd)
- Shine On You Crazy Diamond (Parts VI-IX) (música do Pink Floyd)
- Sheep (música do Pink Floyd)
Intervalo
- In the Flesh (música do Pink Floyd)
- Run Like Hell (música do Pink Floyd)
- Déjà Vu
- Is This the Life We Really Want?
- Money (música do Pink Floyd)
- Us and Them (música do Pink Floyd)
- Any Colour You Like (música do Pink Floyd)
- Brain Damage (música do Pink Floyd)
- Eclipse (música do Pink Floyd)
- Two Suns in the Sunset (música do Pink Floyd)
- The Bar (Reprise)
- Outside the Wall (música do Pink Floyd)
Confira alguns vídeos abaixo.
Roteiro e mensagem
Como é comum em shows de Roger Waters, as músicas são usadas para contar uma história que traz começo, meio e fim. Em entrevista ao Ultimate Classic Rock, o guitarrista Jonathan Wilson, integrante da banda de Waters, confirmou que o baixista e vocalista baseia a performance em um roteiro, que é estudado e discutido com a banda antes da turnê.
O palco em formato de cruz é posicionado no centro do estádio ou arena em que o show acontece, com telões circundando toda a estrutura. Na entrevista, Wilson falou sobre a imponência do equipamento, um dos maiores já colocados na estrada por Waters, que segue a tradição do Pink Floyd de fazer apresentações grandiosas.
“É incrível. Quer dizer, eu nem sei o tamanho em metros daqueles LEDs, mas é enorme. Disseram que é a coisa mais pesada que já penduraram até aquele grande monólito lá em cima. Acho que são uns 900 kg ou algo assim, o que é incrível.”
O telão impressiona não só pelo tamanho, mas também pela importância dentro da narrativa do espetáculo. Protestos, imagens do passado e complementos à apresentação são exibidos em momentos chave, tornando única a experiência do público. Jonathan Wilson também comentou sobre isso.
“Isso é uma coisa sobre essa turnê que eu definitivamente ouço das pessoas. Elas dizem que de alguma forma, nessa coisa toda de espetáculo gigante, parece algo intimista. Isso é um fato. Você vai poder vê-lo (Roger Waters) tocando piano. Ele fala e compartilha coisas assim. Isso é insano, esse grau de intimidade é definitivamente uma coisa especial.”
“This is Not a Drill” virá ao Brasil?
Por enquanto, Roger Waters segue com a turnê “This is Not a Drill” pela América do Norte, onde deve ficar até outubro. Depois disso, há espaço para que o ex-Pink Floyd desembarque em outros países, incluindo a América do Sul, onde ele esteve pela última vez em 2018, ainda com o show “Us + Them”.
Informações extraoficiais apuradas pelo jornal chileno La Tercera indicam que a tour pode passar por aqui nos próximos tempos. Na ocasião, foi dito que as negociações estavam em estágios iniciais. Ainda não há nenhuma confirmação oficial.
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Aguardando ansiosa pela confirmação da turnê na América do Sul <3