A abordagem das letras do Queensrÿche em “Empire”, segundo Geoff Tate

Disco mais vendido da carreira da banda reforça ideia da banda em colocar o dedo na ferida, falando de questões políticas e sociais

O Queensrÿche se caracterizou por ter um conteúdo lírico que fugia do habitual em relação a outras bandas que surgiram na cena heavy oitentista. Nada de demônios, fantasia, fadas e dragões  O quinteto de Seattle colocava o dedo na ferida, falando de política, injustiças sociais e relações interpessoais de forma nada idealista.

O auge da popularidade veio na dobradinha de álbuns “Operation: Mindcrime” e “Empire”, que colocaram o grupo em evidência na grande mídia e renderam suas maiores turnês, tocando em arenas como headliners.

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O ex-vocalista da banda, Geoff Tate, falou à rádio americana KMUW sobre o engajamento nessas questões.

“Sempre foi uma espécie de marca registrada na escrita do Queensrÿche: olhar para as questões sociais, comentá-las e contemplá-las para, em seguida, escrever uma música que talvez ajude a explicar a situação de outro ponto de vista. ‘Empire’ teve várias músicas assim. ‘Resistance’ debate as mudanças climáticas e suas consequências ao mundo civilizado. ‘Della Brown’ fala sobre a situação das pessoas desabrigadas.”

Evidentemente havia uma variação entre temáticas, o que é natural para um compositor que está buscando expor seus pensamentos.

“Havia músicas de relacionamento que eram meio que habituais de escritor, porque você escreve o que sente e todos nós estávamos em relações à época. Foi um álbum que realmente ressoou com as pessoas, rendeu seis singles. Foi tocado continuamente em estações de rádio nos Estados Unidos, Europa e América do Sul por anos seguidos.”

Queensrÿche e “Empire”

Quarto full-length do Queensrÿche, “Empire” é seu trabalho mais bem-sucedido, tendo vendido mais de 3 milhões de cópias só nos Estados Unidos, onde chegou ao sétimo lugar da parada. Seu grande hit é a balada “Silent Lucidity”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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