Kiko Loureiro diz que agora tem coragem de mostrar riffs para o Megadeth

Guitarrista também falou sobre a conexão com colegas de banda que são mais velhos e experientes

Assim como vários outros casos de bandas bem-sucedidas, o Megadeth não é exatamente o maior exemplo de uma democracia. Dave Mustaine centraliza as ações, o que pode acabar causando algumas rusgas. Não foi o caso com Kiko Loureiro, embora ele tenha confessado ao Loudwire (com transcrição do Ultimate Guitar) que a situação o intimidou a princípio.

“Quando você está criando algo, é a sua marca registrada. Então, ao apresentar para seu colega de banda, você tem medo de ser rejeitado. No novo álbum pude escrever riffs de guitarra e apresentá-los a Dave. Quem teria coragem? ‘Ei Dave, eu tenho um riff de thrash metal para você, para estar em um álbum do Megadeth.’”

Kiko ainda destacou que, junto do baterista Dirk Verbeuren, conseguiu manter um ambiente harmonioso nas sessões de gravação.

“Tenho minha própria história tocando com bandas. Sei como é ter discussões ou brigas. Quando entrei no Megadeth, foi uma oportunidade para refletir sobre isso e dizer: ‘Aqui eu tenho uma tela em branco para pintar.’ Quanto mais velho você fica, adquire experiência e não quer ter esse sentimento de conflito. Eu sei que Dirk pensa da mesma maneira.

Dave e James (LoMenzo, baixista) são mais velhos. Às vezes eu enfrento situações pessoais pelas quais eles já passaram. Então, conversamos como seres humanos dentro de uma banda, não como estrelas do rock. Isso ajuda em tudo – a musicalidade, o relacionamento, o trabalho… tudo isso.”

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Megadeth e “The Sick, The Dying… and the Dead!”

The Sick, The Dying… and the Dead!”, novo álbum do Megadeth, sai dia 2 de setembro. O lançamento acontece através do selo do frontman Dave Mustaine, Tradecraft, com distribuição pela Universal Music.

Sucessor de “Dystopia” (2016), o disco vinha sendo gravado desde 2019, mas o processo foi tumultuado por uma série de fatores. Primeiro, Mustaine foi diagnosticado com um câncer na garganta, o que também provocou o cancelamento de toda a turnê que a banda faria naquele ano. Depois, vieram a pandemia e a demissão do baixista David Ellefson após vazamento de vídeos íntimos.

A vaga de Ellefson foi ocupada oficialmente por James LoMenzo (White Lion, Black Label Society, etc), que já havia integrado a banda nos anos 2000. Contudo, Steve Di Giorgio (Testament, ex-Death, etc) foi o responsável por gravar o álbum em estúdio. A formação é completa por Kiko Loureiro na guitarra e Dirk Verbeuren na bateria.

Ice-T e Sammy Hagar fazem aparições como convidados. O vocalista do Body Count colabora com “Night Stalkers”. Por sua vez, o ex-cantor do Van Halen marcou presença em “This Planet’s On Fire (Burn In Hell)”, sua composição de 1979 que foi regravada pela banda.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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