Três homens, incluindo o curador do Rock and Roll Hall of Fame Craig Inciardi, foram acusados na terça-feira (12) de supostamente possuir um arquivo de notas manuscritas e letras roubadas do cofundador dos Eagles, Don Henley. Autoridades de Nova York estimam que os documentos ultrapassem US$ 1 milhão de valor.
De acordo com a Rolling Stone, Inciardi, Glenn Horowitz e Edward Kosinski estariam envolvidos em uma conspiração que tentou vender quase 100 páginas escritas por Henley. O material inclui letras de clássicos como “Hotel California” e “Life in the Fast Lane”. Os advogados de defesa alegam que seus clientes são inocentes e “lutarão vigorosamente contra essas ações injustificadas”.
Don vem tentando recuperar os manuscritos há anos depois que eles foram supostamente roubados ainda na década de 1970 por um biógrafo não identificado. O escritor teria penhorado o material para Horowitz em 2005, segundo autoridades.
Investigação
Segundo a investigação, Horowitz teria convencido Inciardi e Kosinski a participar da ação. O trio começou a trabalhar para vender os registros a várias casas de leilões, incluindo Sotheby’s e Christie’s, além de tentar “coagir” Henley a comprar de volta a propriedade que por direito pertencia a ele.
A promotoria começou a investigar o assunto pouco antes da morte de Glenn Frey, outro membro fundador do Eagles, em janeiro de 2016. Horowitz elaborou um plano para alegar que os documentos pertenciam ao falecido músico, fazendo com que a investigação criminal desmoronasse. Ele supostamente escreveu em um e-mail que “identificar Frey como a fonte faria isso desaparecer de uma vez por todas”.
Além de todos os três homens serem acusados de uma acusação de conspiração em quarto grau, que pode levar até quatro anos de prisão, Horowitz enfrenta acusação de primeiro grau por tentativa de posse criminosa de propriedade roubada e duas acusações de dificultar a investigação. Inciardi e Kosinski também foram acusados de posse criminosa em primeiro grau.
De acordo com o apurado pela Rolling Stone, Inciardi foi suspenso de seu cargo no Rock and Roll Hall of Fame, com o presidente e CEO Joel Peresman informando os membros do conselho da decisão pouco antes da notícia da acusação ser divulgada pelas autoridades.
Comunicado
O empresário Irving Azoff disse à revista que a banda ficou satisfeita com as acusações e Don Henley estava ansioso pelo retorno dos documentos.
“Esta ação expõe a verdade sobre as vendas de memorabilia musical de itens roubados altamente pessoais escondidos atrás de uma fachada de legitimidade. Ninguém tem o direito de vender propriedades obtidas ilegalmente ou lucrar com o roubo de peças insubstituíveis da história musical. Essas letras manuscritas são parte integrante do legado que Don Henley criou ao longo de sua carreira de mais de 50 anos.”
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